segunda-feira, 29 de junho de 2009

Capítulo 8 - As Ditaduras Fascistas

As Ditaduras Fascistas

Logo depois da primeira Guerra Mundial a Europa viveu uma violenta crise econômica, se recuperou, mas por pouco tempo. Em 1929 começou a crise que mergulhou o mundo na grande depressão dos anos 30.
Os comunistas culpavam a burguesia pela crise alegando que Karl Marx já havia mostrado a irracionalidade do sistema capitalista e lembravam que o único país que havia escapado da crise era a União Soviética. A cada eleição que passava, os partidos comunistas europeus elegiam mais e mais deputados para os parlamentos.
Os grandes empresários ficaram amedrontados e preocupados, pois uma revolução socialista poderia acontecer a qualquer momento. Para eles a única saída para evitá-la era acabar com o regime político democrático.
A classe média e a pequena burguesia também estavam assustadas com a crise.
Muitos operários e camponeses também acreditavam que somente um governo com plenos poderes poderia restaurar a “ordem” a “segurança” e a “tranquilidade” do país, abalado pela crise econômica, pelas guerras e pela incerteza quanto ao futuro.
Naquele momento, ganharam forças em toda a Europa os partidos políticos de extrema direita que pregavam a instalação de um regime autoritário. Esses partidos formaram um regime político chamado fascismo.
Os fascistas defendiam as seguintes idéias:
“A democracia é um regime fraco, incapaz de resolver a crise econômica. Os políticos são uma corja de demagogos (enganadores do povo) e corruptos. O que o país precisa é de um grande líder patriótico, com autoridade incontestável, que acabe com a baderna promovida pelos grevistas, agitadores de esquerda, criminosos e vagabundos”.
Os fascistas gostavam de se apresentar como grandes “revolucionários”, mas o regime fascista nasceu para defender o capitalismo.
Algumas idéias fascistas:
• Anticomunismo – comunistas e fascistas se odeiam.
• Antiliberalismo – os fascistas defendem um regime ditatorial.
• Totalitarismo – o indivíduo deve obedecer o estado.
• Militarismo e culto à violência – a guerra é glorificada como atitude mais nobre do homem.
• Nacionalismo xenófobo – o fascismo é nacionalista.
• Racismo – os fascistas são altamente preconceituosos e conservadores.
• Culto ao chefe supremo da nação – como se ele fosse infalível, quase um deus.
• Irracionalismo – os fascistas acreditavam que o racionalismo era limitado.
Após a 1ª Guerra Mundial, a Itália viveu uma crise violenta. Os operários chegaram a fazer greves com ocupações e controle das fábricas.
Nesses anos de agudas lutas de classes surgiu o partido fascista liderado por Mussolini.
No começo reuniam-se bandos de ex-soldados, neuróticos de guerra, desempregados, vagabundos e policiais. Recebiam de empresários dinheiro para perseguir sindicalistas e socialistas.
Na Alemanha, o movimento fascista foi chamado de nazista, que é uma abreviatura de nacional socialista.
Adolf Hitler foi o chefe máximo dos nazistas alemães.

Capítulo 9 - A Era do Populismo

Os efeitos da crise de 29

A crise ocorreu nos EUA em 1929 e atingiu o Brasil em cheio.
No momento da crise, o pacto entre mineiros e paulista acabou.
O presidente da republica, Washington Luís era um homem do partido republicano paulista, o PRP. Indicou o nome de Júlio Prestes pra presidente.
A aliança liberal (PRM e a oligarquia gaúcha) indicou Getúlio Vargas como resposta.
Durante competições entre os partidos, quem ganho foi quem manipulou mais: Júlio Prestes. A população não gostou muito do resultado.
Uma tragédia aconteceu! João Pessoa candidato a vice na chapa de Getúlio foi assassinado.
Os líderes da Aliança aproveitaram o acontecimento para atacar. O exército rebelde de Vargas saiu do RS em direção ao RJ, a revolução de 30. A revolução triunfou Getúlio Vargas levou a melhor, tornou-se logo presidente do país.


O governo provisório
(1930-1934)
Assim que Getulio chegou à presidência, a constituição da Republica Velha foi rasgada. Agora o que valia eram as ordens dele.
Leis decretadas, inventores estaduais, congresso fechado... o novo governo não era nada democrático.
Muitos ficaram contra Getúlio, as tensões políticas aumentou. Uma passeata de protesto contra o inventor varguista terminou com estudantes paulistas mortos pela polícia. O governo de SP declarou guerra a Getúlio. Deste modo aconteceu a Revolução Constitucionalista de SP, em 1932.
A guerra aconteceu de verdade. Mas SP ficou isolado e os paulistas se renderam às tropas do governo federal.


O período liberal
(1934-1937)

Vitorioso, o governo de Getúlio soube fazer concessões para os cafeicultores paulistas. Admitiu a eleição de uma assembléia constituinte. Assim em 1934 o Brasil ganhou uma nova carta.
A constituição de 1934 era razoavelmente democrática... Eleições diretas e secretas para presidente, o voto feminino, foram criados tribunais eleitorais e algumas leis trabalhistas. A mentalidade do país estava mudando em relação aos direitos dos operários.
Essa constituição não foi feita por Vargas, mais sim pela assembléia constituinte.

Fascistas e comunistas

No Brasil na década de 30 havia um partido fascista: a Ação Integralista brasileira. Seu chefe, Plínio Salgado.
Eram chamados de galinhas verdes por causa dos seus rituais, seguiam o lema “Deus, pátria e família”. Sonhavam com uma ditadura que eliminassem os comunistas.
No inicio Vargas mostrou um interesse pelos integrantes. Vários de seus assessores eram simpatizantes com o partido.
Em respostas ás nuvens verdes formaram uma frente popular. Eram a Aliança Nacional Libertadores (ANL) que unia os comunistas, social-democratas e tenentes com idéias de esquerda.
A ANL não defendia o socialismo, mais propunha mudanças radicais para a época, uma das foi à reforma agrária. A ANL era contra o impelarismo, o latifundiário, o fascismo integralista e Getúlio Vargas. Acreditava que só podia derrubar a ditadura fascista a força.
Foi tudo mal planejado, Getúlio derrotou com facilidade. Depois disso o Partido comunista deixou de existir. Quase todos os seus dirigentes deixaram de existir a maioria foi preso inclusive Luís Carlos Prestes.

O golpe de 37
e o Estado Novo

Getúlio Vargas ainda parecia respeitar a Constituição. De repente em 1937 o governo anunciou a descoberta de um complô comunista para tomar o poder: o Plano Cohen. Um plano forjado com o pleno conhecimento de Getúlio.
Apoiado pelas forças armadas, Getúlio cancelou as eleições e fechou o congresso. Pelo radio brasileiros ouviam coisas diferente: havia uma nova constituição. Era imposta mais uma ditadura.

A ditadura do estado novo
(1937-1945)

A constituição de 1937 passava a valer. Foi copiado da Polônia, daí o apelido Polaca. Era bastante autoritária.
O estado era governado por interventores nomeados diretamente por Getúlio. Ele derrotou todos q estavam contra seu governo principalmente os integralistas. Generoso com o seu ex-aliado Vargas permitiu que Plínio Salgado voasse para o estrangeiro os outros foram presos.

O getulismo na economia

A partir de Getúlio Vargas, o Estado brasileiro passou a investir com força na economia. O Estado tornou-se um dos grandes motores que empurraram sua economia para frente.
Ate o final dos anos 50, no Brasil o principal setor era a agroexportação principalmente de café. Desde o começo Vargas apoiava os latifundiários. Mas a novidade era que o Estado passou a ter como um dos objetivos básicos ao apoio a industrialização.
O Brasil precisava de mais indústrias mais a burguesia ainda era fraca então o Estado que fez esse papel. As empresas estatais seguiram no ramo de infra- estrutura e de indústria de base.

Fim de Vargas?

A partir do presidente Fernando Collor, seguido por Itamar e Fernando Henrique, o Estado começou a cair da economia.
A visão econômica de Getúlio Vargas era nacionalista. O investimento era de total prioridade para o sudeste.

O populismo varguista


A maneira de Getúlio Vargas governar foi típica da America latina nas décadas de 30 a 50. Chamava-se populismo também chamado de trabalhismo.
Getúlio melhorou muito a economia no estado, propôs pactos entre os trabalhadores e melhorou as suas condições. As leis de Getúlio ficaram celebres. Mas essas leis só valiam para trabalhadores urbanos. Então para a maioria da população que estava no campo essas leis não valiam nada. Getúlio jamais falou em fazer reforma agrária. Vargas tinha o controle nas mãos porque havia tirado o direito dos trabalhadores de lutarem pelos seus direitos.
Trabalhadores sabiam que estavam sendo enganados mais preferiam não ver a realidade, acreditando que Getúlio era o “bonzinho”.
O dia 1º de maio passou a ser feriado. Trabalhadores saíram em passeata agradecendo o pai dos pobres.

A guerra e as mudanças

A segunda guerra mundial mudou a face do mundo. Os países fascistas enfrentaram os aliados. O Brasil participou da guerra contra os países Eixos (fascistas).
Terminou o conflito, a opinião brasileira rejeitava a ditadura do Estado Novo. Vargas acabou sendo afastado do governo em 1945.

Capítulo 10 - A Segunda Guerra Mundial

A segunda guerra mundial

A segunda guerra mundial foi uma disputa entre países imperialistas, como na primeira, porém também foi um conflito entre países fascistas e antifascistas. Também houve a participação de uma potência socialista: A URSS (união soviética).
A Alemanha perdeu o direito de produzir armamentos pesados no fim da primeira guerra. Porém, Inglaterra e França permitiram, mesmo sendo contra o fascismo, por que acreditavam que logo Hitler atacaria a URSS e assim Alemanha e União Soviética se destruiriam mutuamente.
Nos Anos 30 houve uma expansão fascista. O Japão ocupou a Manchúria e a Itália a Abissínia. Hitler submeteu a Áustria ao território alemão. Além disso, também tomou uma região da Tchecoslováquia.
Stálin, líder soviético, temia as intenções de Hitler. Para não correr riscos assinou o pacto de não agressão germânico-soviético. Havia um pacto secreto que decretava que Stálin e Hitler tomariam a Polônia e dividiriam entre si. Outro permitia a U.R.S.S a invadir as repúblicas bálticas.
A segunda guerra só começou quando Hitler queria anexar um pedaço da Polônia ao território alemão, mas os franceses e ingleses ameaçaram responder com fogo caso Hitler o fizesse. Em 1939 Hitler invadiu a Polônia. Ali começava a guerra.
No início Alemanha, Itália e Japão levaram vantagem: A Alemanha conquistou diversos territórios. A Inglaterra foi bombardeada. Hungria, Bulgária e Romênia aderiram ao eixo.
Em Junho de 1941 a Alemanha invadiu a URSS. No começo Alemanha venciam facilmente. Em dezembro do mesmo ano, a aviação japonesa afundou a frota marinha dos EUA no oceano pacífico.
Hitler ordenou a invasão da União soviética, acreditando que a Rússia ainda era agrária e atrasada. Enganou-se. A economia Rússia havia crescido e agora tinha indústrias capazes de produzir armas pesadas. Na batalha de Stalingrado, o exército russo derrotou o alemão e foram empurrando os alemães de volta.
Em 1943 a Itália foi invadida e pelos Estados Unidos e aliados. Em 1945 Hitler se suicidou e Berlim estava em ruínas.
O Japão sofria derrotas. Estavam prestes a se entregar. Porém, os Estados Unidos lançaram duas bombas atômicas no país: Hiroshima e Nagasaki. O governo de Tóquio se rendeu.
Vargas era o presidente do Brasil na época e simpatizava ao fascismo. Porém, os Estados Unidos impediram que o Brasil se tornasse aliado. Os soldados brasileiros, conhecidos como pracinhas, eram poucos e submetidos ao poder estadunidense.
Os brasileiros que haviam lutado contra o fascismo na Europa perceberam que a situação no Brasil era semelhante. Desse modo pressionaram Getúlio, que acabou concordando em ceder democracia. Mas estava planejando continuar no poder à partir da nova constituição. Foi mal-sucedido. Getúlio fora afastado do poder.

Capítulo 11 - A Guerra Fria

A GUERRA FRIA

Após a 2ª Guerra Mundial, havia duas superpotências militares: Os EUA e a URSS.
Os EUA lideravam o bloco dos Capitalistas e a URSS, a do bloco dos Socialistas.

A tensão permanente entre esses dois países rivais, caracterizou a época da Guerra Fria.
Período assustador, em que o mundo viveu a eminência de uma nova guerra mundial.

A diferença entre o Capitalismo e o Socialismo, foi que provocou a grande rivalidade entre os dois países e seus respectivos aliados.

Os comunistas soviéticos, seguiam idéias marxista-leninistas. Acreditavam que o capitalismo era um sistema injusto e decadente.
Queriam destruir o capitalismo.

Os empresários e os governantes dos EUA, tinham o socialismo como uma sociedade antidemocrática e com uma economia que não funcionava.

Com isso criou-se um bloco dos países capitalistas e outro dos países socialistas. Cada bloco queria mostrar que era mais desenvolvido que o outro e que tinha maior poder econômico e bélico.
Com isso acontece a corrida armamentista. Os dois blocos produzem muitas armas, porém nunca se enfrentam.
Eles se desenvolvem na área espacial e estabelecem pontos estratégicos em países de seus aliados.

Assim, a Guerra Fria, foi responsável pela corrida armamentista e pelo desenvolvimento bélico espacial, chegando a atingir a até a área de Esportes Olímpicos de cada país.
Os EUA e a URSS, queriam mostrar através de suas medalhas de ouro, que eles venciam porque o seu país tinha uma sociedade mais desenvolvida.

O início dessa Guerra Fria deu-se porque Winston Churchill propôs um bloqueio econômico e militar à Europa Oriental, a fim de evitar o avanço dos Comunistas. Foi a chamada Cortina de Ferro.

Assim, os EUA criaram a OTAN (1949), junto com o Canadá. E a URSS reagiu criando o Pacto de Varsóvia (1955).

Os EUA criaram o Plano Marshall, um projeto de ajuda econômica aos países da Europa Ocidental que sofreram com a 2ª Guerra.
O Plano foi bem sucedido e a Europa Ocidental recuperou-se logo.

Após a 2ª Guerra Mundial, a Alemanha ficou dividida em Alemanha Ocidental (capitalista) e Alemanha Oriental (socialista).
Berlim, a capital, também foi dividida em duas partes, a capitalista e a socialista. Berlim Ocidental (capitalista), ficou ilhada entre os socialistas.

Berlim Ocidental era uma vitrine do capitalismo bem sucedido dentro a Alemanha Socialista. Muitas pessoas da Alemanha Oriental concluíram que o capitalismo era melhor que o socialismo e assim começou a imigração de mão-de-obra especializada da Alemanha Oriental para a Alemanha Ocidental. Para evitar a saída do povo, o governo comunista criou o MURO DE BERLIM (1961), onde ninguém podia sair da parte socialista e quando tentava, geralmente era fuzilado pelos soldados comunistas.

Havia um “Acordo de Cavalheiros” entre os EUA e a URSS, proposto na Conferência de Yalta, uma divisão do mundo em Áreas de Influências, em que os EUA não interfeririam no Leste Europeu e a URSS, não promoveria revoluções.

Esse “acordo” visava manter a estabilidade mundial e foi respeitado por diversas vezes. Entretanto, os EUA que tanto respeitavam a liberdade começaram a seguir as idéias do Senador McCarthy. No denominado período do Marcartismo, qualquer pessoa que tivesse opiniões políticas de esquerda poderia ser presa e até condenada à morte. Em nome da liberdade, os marcartistas queriam acabar com a liberdade. Foi uma época de “Caça às Bruxas”.

A sociedade norte-americana rejeitou essa intolerância política e os marcartistas perderam prestígio.
As duas potências possuíam armas nucleares capazes de destruir o planeta. Outra guerra seria em vão, só haveria perdedores. Assim diminuiu a tensãoda Guerra Fria.

O Presidente americano John Kennedy e o novo dirigente soviético Nikita Kruschev, conversam e surge o período da “coexistência pacífica”. Nos anos 70, Nixon e Brejnev, iniciaram o “detente”.
Assinam acordos e diminuem a corrida armamentista.
Em 1975, acontece o encontro simbólico no espaço, entre as naves americana e soviética. Os astronautas se cumprimentam, trocam sorrisos e presentes. Está traçada a paz.

Em 1989, já no fim da Guerra Fria, o Muro de Berlim é derrubado. E a Guerra Fria chega ao fim, com um único vencedor: Os EUA.

Capítulo 12 A consciência do Terceiro Mundo

A descolonização da África e da Ásia

A Europa nas décadas de 50 e 60 dos séculos XX estava preocupada demais para reconstruir o que havia sido destruído pela guerra. Não tinha condições de controlar suas colônias. Os povos coloniais, então, souberam aproveitar da fraqueza européia para conquistar sua independência.

O governo da URSS ficou do lado dessas colônias porque cada novo país independente significava também a possibilidade de os países capitalistas ricos perderem o controle de uma parte significativa do planeta.

Os EUA apoiaram a descolonização porque, os novos países abriam seus mercados para os produtos americanos. A ONU deu todo o seu apoio ás independências.



Neocolonialismo

A maioria dos novos países continuou dependendo da antiga metrópole. No fundo, o laço colonial na economia ainda não estava totalmente rompido. Essa situação de surbodinação em relação à ex-metrópole passou a ser chamada de neocolonialismo.





Os não-alinhados

Em 1955 na conferência de Bandung reuniram-se os representantes da Ásia e da África. Pela primeira vez afirmou-se oficialmente a existência do terceiro mundo

Existiam então dois blocos dominantes: O primeiro mundo que era formado pelos países capitalistas desenvolvidos, sendo estes EUA, Europa Ocidental, Japão, o segundo mundo composto pelos países socialistas desenvolvido como a URSS e a maioria dos países da Europa Oriental .

O do terceiro mundo tratava-se dos países subdesenvolvidos, onde a agricultura é atrasada, a produção industrial é pequena em relação á população, não fazem pesquisa científica , sua economia é atrasada,há muitos analfabetos,e epidemias de fome .Faz parte de um mundo capitalista pobre raquítico e esfomeado. Um capitalismo que depende financeiramente, depende dos investimentos e depende da tecnologia dos países capitalistas mais ricos.



A descolonização da África

Quando os Europeus colonizaram a África, dividiram os territórios sem levar em consideração os povos que La vivia. Nações inteiras de africanos foram divididas ao meio com pedaços jogados em colônias diferentes. Quando essas colônias ficaram independentes, as fronteiras traçadas pelo colonialismo europeu foram mantidas, tendo como resultado as guerras.



O racismo na África do Sul



O poder político da África do Sul estava nas mãos dos brancos, e o estado só gastava dinheiro fazendo coisas para eles. Havia um regime oficialmente chamado apartheid . Pela lei os negros tinham de viver em áreas diferentes daquelas destinadas aos brancos. Os negros faziam o trabalho mais duro e recebiam os menores salários.

O grande partido CNA (congresso Nacional Africano) não podia participar das eleições. Sua existência era ilegal e seu líder Nelson Mandela ficou preso 30 anos. Seu principal aliado era o PCA ( Partido comunista da África do Sul). Se o apartheid acabasse e o CNA e o PCA tomasse o poder , provavelmente a África do Sul se tornaria socialista .Por isso a ONU , a URSS os EUA e a Inglaterra sempre denunciou o racismo da África do Sul .

Quando a URSS deixou de existir os EUA não precisava mais temer que a África se tornasse socialista .Então apoiaram as pressões mundiais contra o apartheid que afinal teve seu fim.



A Independência da índia



A Índia foi a mais rica colônia da Inglaterra. Mas a exploração colonial reduziu milhões de indianos à miséria.

O processo de independência foi liderado pelo partido do congresso, dirigido por Jawaharlal Nehru. Esse partido tinha idéias nacionalistas e democráticas.

Mas a independência da Índia não teria acontecido sem os grandiosos protestos pacíficos de milhões de indianos liderados por Mahatma Gandhi.

A Índia permanecia capitalista, mas mantinha boas relações com a URSS.A primeira ministra Indira Gandhi apoiou o desenvolvimento capitalista do país, o que aprofundou os problemas da sociedade indiana.

A Índia é uma mistura de dezenas de povos e de religiões diferentes, situação que gera muitos conflitos. A intolerância religiosa resultou até mesmo no assassinato de Indira e de seu filho, que era político influente.



A revolução Socialista na China



No século XX os países imperialistas a ocuparam, entupiram-na de ópio e de mercadorias industrializados, rasgaram-na em áreas de influência desprezaram seu povo.

Logo depois as coisas começaram a mudar. Em 1911, nacionalistas chineses, liderados por Sun Yat-Sem chefiaram uma revolta que derrubou o imperador e proclamou a republica. Ele tinha sido o fundador de Kuomintang, o partido nacionalista. Ele sonhava com um estado democrático que estimulassem a modernização da China . Depois de sua morte, Kuomitang passou a ser liderado por Chiang Kai-sheck. O novo governador aproximou-se dos países ocidentais, pois precisava de segurança para garantir seu domínio político sobre a China. Mas Chiang Kai-sheck tinha agora um rival a enfrentar, o Partido Comunista da China.O Kuomintang perseguiu os opositores assassinando milhares de comunistas . Depois de mais de duzentos combates os sobreviventes chegaram ao noroeste da China, praticamente inacessível ao inimigo.

A revolução de 1949 abriu caminho para desfile triunfal dos comunistas em Pequim. Chiang fugiu para a ilha Formosa que continuou capitalista.



Socialismo na China

De início, o novo governo comunista aceitou a existência de pequenos empresários. Nessa primeira etapa da revolução chama de Nova Democracia, as grandes e médias propriedades rurais foram confiscadas pelo estado e entregue aos camponeses. A reforma Agrária foi muito importante para diminuir a pobreza no país. Também foi organizado um movimento de educação popular, e todas as empresas bancos e indústrias passaram para o controle do Estado. A China se tornava um País socialista que seguia o modelo soviético.

De 1958 a 1962, os chineses arriscaram um grande salto para frente, que era o plano de desenvolvimento econômico. Os camponeses organizaram grandes cooperativas chamadas comunas rurais. Porém não havia recursos suficientes para que as comunas rurais pudessem ter todos os serviços que projetavam



URSS X China



A China não aceitava mais que os soviéticos determinassem como deveria ser construído o socialismo. Para A China o imperialismo era um tigre no papel, que poderia ser vencido numa guerra mundial entre o socialismo e o capitalismo. A separação foi dura. Um País acusava o outro de haver traído o socialismo. Romperam as relações e quase chegaram à guerra

Os problemas do Oriente Médio



No Oriente Médio estão alguns dos maiores produtores mundiais de petróleo. Portanto as grandes empresas multinacionais precisam de governos confiáveis na região que garantam o fornecimento de petróleo. Outro ponto de complicação é o canal de Suez, que o controlar poderá dar muita dor de cabeça aos interesses dos países capitalistas desenvolvidos. Outro problema é que os países árabes não aceitaram a criação do estado de Israel e promoveram até guerras para destruí- lo.



Árabes e Israelenses



Há dois mil anos o povo Judeu habitava na Palestina, quando foi ocupada pelos invasores romanos. Então tiveram início a fuga e a dispersão dos judeus para a Europa e outras regiões do Oriente Médio. Depois da primeira guerra, a palestina passou a ser controlada pelos ingleses, que deram força para a imigração dos Judeus para a região. Quando a segunda guerra terminou mundo estava chocado com o que os nazistas tinham feito com os judeus. Por isso a ONU com o apoio dos EUA e da URSS resolveu criar na Palestina dói novos países: Israel, para os judeus, e a Palestina, para os árabes palestinos.

Os países árabes consideram essa divisão uma grande injustiça. Começa agora a luta do povo palestino para ter uma terra na qual pudesse construir seu estado nacional.

Capítulo: 13 A crise do populismo

Capítulo: 13 A crise do populismo

Eleição
Foi eleito pela coligação PTB (Partido Trabalhista Brasileiro) / PSP (Partido Social Progressista). Vargas mais uma vez derrotava seus opositores políticos com facilidade.

Nacionalismo econômico
O presidente Vargas iria permitir o capital estrangeiro no Brasil, mas não admitia a desnacionalização da economia.

BNDE
Criação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico em 1952. Era o programa de investimentos do governo.

Campanha "O Petróleo é Nosso"
Slogan defendido pelo governo que não admitia empresas estrangeiras explorando o petróleo brasileiro. O resultado foi favorável aos nacionalistas. Estava criada a Petrobras, empresa estatal responsável pela extração e refino do petróleo brasileiro.

Petrobras
Depois de muito atrito entre o governo e as forças conservadoras apoiadas pelo capital estrangeiro, a empresa foi criada com capital misto, mas o Estado possuía a maioria das ações, sendo sócio majoritário.

Projeto de remessa de lucros
Visava proibir as excessivas remessas de lucros das empresas estrangeiras instaladas aqui no Brasil para sua matriz no exterior. Este projeto foi vetado pelo Congresso Nacional, pois a pressão dos grupos internacionais foi forte.

Política trabalhista
Vargas autoriza um aumento de 100% no salário mínimo. Era proposta do ministro do Trabalho João Goulart, que, futuramente (1961), ocuparia o cargo de vice-presidente. Aumentar o salário mínimo causou uma enorme revolta entre os empresários: eles se posicionaram contrários a essa medida do governo.

Crime da Rua Toneleros
No dia 5 de agosto de 1954, houve a tentativa de assassinato ao político e jornalista Carlos Lacerda, que culminou com a morte do major da Aeronáutica Rubens Florentino Vaz. A Aeronáutica instala inquérito, e o resultado não agradou ao governo. A Aeronáutica pressiona, exigindo a renúncia de Getúlio Vargas. O Presidente responde que não deixa o governo: “Se vêm para me depor, encontrarão meu cadáver”.

Suicídio de Vargas
No dia 24 de agosto de 1954, Getúlio desfechou um tiro no coração. Cumpria a promessa de só deixar o palácio morto. Morria umdos mais controvertidos personagens da História do Brasil. Deixou uma carta-testamento acusando as forças conservadoras (a UDN e o capital estrangeiro) de serem os grandes responsáveis por essa atitude. As “aves de rapina” (assim Getúlio se referia aos sanguessugas que só pensavam em fazer o jogo do capital estrangeiro). "...Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na História".


Sucessão presidencial
Após a morte de Getúlio Vargas, quem assumiu o governo foi o vice-presidente Café Filho.