Ronald Reagan, ator estadunidense, apoiou o macartismo nos anos 50 e, nos 80, se tornou presidente dos Estados Unidos da América. Implementou uma série de iniciativas econômicas ousadas e novas políticas. Passava a impressão de preocupado com a liberdade individual, espírito empreendedor e oportunidades do capitalismo e prometia que os EUA voltariam a ser a única potência planetária. Ele diminuiu impostos cobrados dos ricos para que tivessem mais capital disponível para investir. Investiu também nos armamentos, diminuindo a taxa de desemprego, o que agradou a população. Reagan trouxe a política do “Big Stick” à tona novamente e intervinha constantemente na política de outros países. Recusou-se a boicotar o governo racista da África do sul e praticamente voltou à guerra fria.
Em 1988, George Bush foi eleito presidente dos Estados Unidos. Procurava dar continuidade aos projetos de Reagan. A URSS estava em “fase terminal”. Em 1991, a URSS deixou de existir.
Antes de seu fim, a União Soviética teve vários presidentes. Depois da morte de Stálin, assumiu Kruschev. Ele acusou o culto à personalidade de Stálin e o acusou de ser ditador. Liberou os presos políticos e abrandou a censura à mídia. Depois de Kruschev, assumiu Brejnev. Havia uma forte repressão política. Aqueles que desafiavam a censura podiam ser presos ou até mesmo internados em hospitais psiquiátricos.
A partir dos anos 70, a economia da união soviética estava praticamente estagnada. Isso afetava o cotidiano dos soviéticos, que demoravam horas para conseguir comprar certos produtos. As pessoas ficaram cada vez mais insatisfeitas. A população não confiava mais no socialismo.
Depois da morte de Brejnev, em 1982, assumiram, por pouco tempo, Andropov e Chernenko. Finalmente, em 1985, assumiu Mikhail Gorbatchev. A população soviética almejava um padrão de vida semelhante ao europeu. Gorbatchev acreditava que o socialismo democrático poderia ser bem sucedido. Ele libertou os presos políticos, acabou com a censura e permitiu que outras forças políticas se organizassem. O processo de abertura para a democracia foi chamado de glasnost.
Mikhail Gorbatchev iniciou a “Perestroika”: Reconstrução da economia e da sociedade. As empresas estatais ganharam mais autonomia e permitiu-se a criação de pequenas empresas privadas. Ele também conseguiu diminuir a tensão nacional e para alguns, ele estava fazendo com que o socialismo voltasse a merecer respeito internacional. Apesar do sucesso de Gorbatchev, a URSS ia de mal a pior. As reformas haviam falhado e economia estava estagnada. A população se rebelava, principalmente os povos submetidos aos russos. Houve até tentativa de golpe de estado, porém o povo não permitiu. As repúblicas bálticas decretaram independência. Logo depois, a Ucrânia. Foi na noite de natal de 1991 que Gorbatchev decretou o fim da URSS e renunciou.
Para Yeltsin, presidente da Rússia, o país devia se tornar capitalista. Ele ordenou o bombardeamento do parlamento, matando aproximadamente 300 pessoas.
A Iugoslávia era um país socialista do leste europeu. Vários povos diferentes vivam nela. Mas a morte de Tito (presidente comunista da Iugoslávia), a perda de popularidade do comunismo e a queda do leste europeu levaram à implosão da Iugoslávia. As repúblicas iugoslavas ricas não queriam estar unidas às pobres. A Sérvia queria se impor sobre as outras repúblicas. Em 1991, Eslovênia e Croácia proclamaram independência. A Sérvia atacou a Bósnia-Hezergovina brutalmente. Milhares de mortes. Houve massacre de civis, torturas e roubos. Na Iugoslávia, o socialismo não existia mais. Em 1999, a população albanesa que vivia em Kosovo pedia pela independência. A Sérvia recusou-se, mas foi bombardeada até ceder.
Os governantes retornaram ao capitalismo. As empresas estatais foram •vendidas e compradas por investidores estrangeiros, mafiosos e até mesmo ex-políticos corruptos. O governo havia perdido a autoridade e uma enorme onda de crime surgiu.
Houve progresso econômico nos países ex-socialistas, sobretudo nas capitais. Porém, a miséria e o desemprego vieram à tona, o que não existia com o socialismo. A Rússia caiu de potência nacional a situação catastrófica. A miséria na Rússia se tornou visível... Alguns países do leste europeu progrediram. O até então presidente da Rússia, Yeltsin renunciou, acusado de corrupção. Assumiu, em 2000, Vladimir Putin.
Na China, aumentou-se o comercio com o ocidente e permitiu-se a instalação de multinacionais. Comunas rurais foram desmontadas e surgiram inúmeras empresas privadas. Cresceu o desemprego e a inflação e surgiram favelas. O partido comunista continuava sendo absoluto e não se podia contestar. Rebeliões foram controladas por tanques, soldados e prisões.
A passagem do século XX para o XXI caracterizou-se pela globalização e interligação econômica entre os países. A igreja perdeu poder em considerar o que é certo e o que é errado.
A concorrência capitalista descontrolada havia provocado uma superprodução. Por esse motivo, Keynes, economista inglês, passou a defender a tese de que o estado deve intervir na economia paras evitar e controlar crises. Quando a segunda guerra terminou as idéias keynesianas foram bem-sucedidas. Porém as crises de 1973 e do início dos anos 80 mostraram que apenas as medidas keynesianas não bastavam. Surgiram então várias críticas abertas ao keynesianismo e vários economistas passaram a defender a volta do livre mercado, um novo liberalismo econômico, o chamado neoliberalismo.
Os primeiros países a empregar o neoliberalismo foram os EUA (presidentes Ronald Reagan e George Bush) e o Reino Unido. As principais medidas são:
•Privatização da economia: As empresas estatais são substituídas por privadas.
•Liberação do mercado: Elimina-se todas as leis que atrapalham o comércio.
•Antinacionalismo: A Ajuda do governo na economia não é bem vinda.
•Menos Impostos: Os banqueiros e empresários pagam menos impostos.
•Corte nos gastos públicos: Pois evita a inflação e a dívida externa.
Nos anos 80 e 90, grande parte dos países adotaram o neoliberalismo. A economia voltou a crescer, as tecnologias aumentaram, os lucros subiram. Porém, também teve um lado negativo: as crises não foram evitadas, houve uma grande concentração de renda, aumento do desemprego.
Nos anos 90 passou-se a falar da “terceira via”. As reformas econômicas seriam mantidas, porém o governo deveria conservar os direitos sociais. Houve o apoio da população e a “terceira via” foi implantada.
Com o fim da URSS e o fim da disputa Capitalismo vs. Socialismo, a criação de grandes blocos econômicos virou tendência. Em 1992, o tratado de Maastricht consolidou a união européia. A união européia aproximou a economia dos países da Europa ocidental e levou à criação de um parlamento europeu. A América do norte também organizou um bloco econômico: o Nafta (Canadá, México e Estados Unidos). O Brasil, a Argentina e o Paraguai formaram o Mercosul.
O fim da URSS foi decisivo para o fim do regime racista na África do sul. Os Estados unidos temiam que os países da África viessem a se tornar socialistas, porém, com o enfraquecimento do socialismo, não havia o que temer. Em 1994 Nelson Mandela se tornou presidente. Foi o fim do governo racista da África.
Os Palestinos e Israel chegaram a um acordo de paz em 1994: Os palestinos reconheceram a existência de Israel e Israel concordou em desocupar território para a criação do estado nacional palestino.
Movimentos direitistas cresceram junto com a globalização: Pregam a intolerância religiosa, nacional, racial. Muitos neofascistas agridem negros, judeus, imigrantes, homossexuais. Vários candidatos de direita se candidataram na Europa e ficaram bem próximos da vitória. Vários estudantes fizeram passeatas como protesto.
Nos anos 80 e 70, alguns historiadores afirmaram que estamos vivendo a pós-modernidade. Na modernidade, o capitalismo alcançou seu apogeu com o avanço capitalista e da civilização industrial. Já na pós-modernidade, o setor terciário supera o secundário. Ninguém acredita mais em movimentos coletivos.
Com a eleição de Tancredo Neves e a posse de José Sarney, começava a nova república. O regime militar havia terminado. A constituição de 1988 expressava as mudanças da época. Elegeu-se uma assembléia constituinte, dividida em “centrão” e bloco progressista. O centrão reunia políticos de direita e centro-direita. O bloco progressista era formado por políticos de esquerda.
A constituição de 1988 é a mais democrática das que o Brasil já teve. Ela apresenta garantia maior dos direitos humanos, proibição da pena de morte e tortura, igualdade de direitos entre homens e mulheres, fim da censura, eleições em dois turnos, mandato de quatro anos para presidente, governadores e prefeitos.
Depois de quase três décadas, os brasileiros finalmente voltaram a escolher o novo presidente da Republica.
Inicialmente, parecia que os dois mais votados seriam Lula ( PT ) e Brizola ( PDT ). Até que surgiu Fernando Collor de Mello. Collor vinha de uma família tradicional na política.
Quando era governador alagoano, Collor ganhou as páginas dos jornais do país porque se recusou a pagar os salários dos “marajás”. Eles eram funcionários públicos que recebiam salários altíssimos. Quando se tornou candidato à Presidência da República, apareceu como o “caçador de marajás”, como o homem que iria acabar com os privilégios e a corrupção.
A maior parte dos brasileiros viu em Collor o “salvador da pátria”. Surpreendentemente, disparou na preferência do eleitorado e ficou em primeiro lugar no primeiro turno. A eleições seriam decididas entre Collor e Lula ( segundo colocado do 1º turno ).
Inicialmente as pesquisas indicavam uma vitória tranqüila de Collor. Mas o primeiro debate foi vencido por Lula, o “candidato popular”. As pesquisas apontaram o crescimento da preferência por Lula.
Grandes empresários anunciaram que, se Lula fosse presidente, partiriam do Brasil e assim a economia do país ficaria arrasada.
O último debate foi realizado na madrugada de domingo para segunda-feira. A maioria das pessoas só assistiu aos “melhores momentos” transmitidos pela Rede Globo no Jornal Nacional, na noite seguinte. O compacto da Globo tinha sido impressão de que Collor tinha arrasado Lula no debate. Uma manipulação dos fatos.
No final, Collor venceu as eleições.
Durante a campanha, Collor assustava os eleitores dizendo que, se Lula fosse eleito, confiscaria o dinheiro da poupança. Assim que assumiu a Presidência, Collor tomou o dinheiro das cadernetas de poupança.
O objetivo era fazer com que o governo tivesse dinheiro para pagar suas contas. A outra idéia era fazer com que o dinheiro fosse valorizado, o que combatia a inflação. Sem o dinheiro da poupança, comprariam menos, a demanda cairia e com isso os preços também cairiam. A inflação caiu, mas continuava alta. Muitos faliram. Com a diminuição das vendas, lojas quebraram, fábricas faliram ou demitiram em massa.
Collor cumpriu uma de suas promessas de campanha: introduzir o neoliberalismo no Brasil. No governo dele as empresas estatais começaram a ser privatizadas. Collor também reduziu as tarifas alfandegárias e estimulou as importações, diminuiu o pagamento das aposentadorias. O corte nos gastos do Estado com assistência social. O governo brasileiro continuava tendo uma importante função econômica. Essa era exatamente uma grande brecha para a corrupção que envolveu Paulo César (PC) Farias, ex-tesoureiro de Fernando Collor de Mello.
De acordo com denuncias da imprensa e de políticos de oposição da época, durante o governo de Collor as coisas teriam sido simplificadas. Só teria apoio do governo quem pagasse por fora para o PC Farias.
Collor foi à televisão falar mal de seus opositores. Então, milhares de pessoas foras às ruas e praças exigir o impeachment (impedimento, perda de cargo) de Collor.
Para não sofrer o impeachment Collor renunciou ao cargo de presidente da República. Em seguida, o Senado cassou seus direitos políticos por oito anos (conforme o previsto pela Constituição).
O vice-presidente era Itamar Franco. Ele tinha fama de político honesto e independente. Itamar teve pouco tempo para governar. Continuou a política de privatizações de Collor.
Seu ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, deu inicio ao célebre Plano Real. Foi criada uma nova moeda (o real), com valor bem próximo ao do dólar.
O Plano Real foi muito bem-sucedido. A inflação praticamente desapareceu. A estabilidade econômica permitiu que os mais pobres pudessem comprar bens em prestações. Ou seja, houve uma melhora na distribuição de renda. A produção econômica se ampliou. A estabilidade alcançada, as privatizações e os incentivos do governo (cancelando a cobrança de impostos, construindo obras de infra-estrutura) atraíram bilhões de dólares de investimentos estrangeiros.
Com tamanho sucesso do plano, FHC não teve dificuldade de se eleger presidente da República ainda no primeiro turno, em 1994.
No governo, continuou a privatizar as empresas estatais. Até a Companhia Vale do Rio Doce (a maior mineradora do mundo) foi vendida para particulares. O governo alegou que a privatização era necessária para se dedicar aos seus reais objetivos: saúde e educação. Ele concorreu novamente a presidência e mais uma vez derrotou Lula no primeiro turno.
A Crise econômica na Ásia gerou mudanças no curso do Plano Real. A moeda foi desvalorizada, caíram as importações, porém, melhoraram as exportações. A dívida externa quase triplicou. No ano de 2000 comemoram-se os 500 anos do descobrimento do Brasil.
A população aumentou e as indústrias cresceram. Em 2001, o país foi obrigado a racionar energia.
As melhores universidades brasileiras são públicas, nos últimos anos os governos reduziram demais as verbas para as universidades públicas. Analistas defendem a privatização das universidades públicas. O ensino universitário ficaria nas mãos de empresários particulares e os alunos pobres poderiam estudar com bolsas de estudos fornecidas pelo governo.
Em 2002 as situações difíceis da economia mundial atingiram o Brasil. Nas eleições destacaram-se quatro candidatos principais: Luís Inácio Lula da Silva (do PT), José Serra (do PSDB), Ciro Gomes ( do PPS) e Anthony Garotinho (do PSB).
A imprensa não parava de noticiar os escândalos de corrupção que envolve altas figuras da República. A má conduta não ocorreu apenas no poder Judiciário.
No dia 11 de setembro de 2001, terroristas assumiram o controle de aviões de passageiros que aterrissavam no aeroporto de Nova York. Desviaram a rota dos aviões Boeing e acertaram os dois maiores prédios da cidade, símbolo do poderio capitalista norte-americano: as torres gêmeas do Word Trade Center. O mundo assistiu estarrecido às imagens. Quase cinco mil pessoas morreram.
Bush Jr. Tornou-se presidente em 2000. Nos EUA o voto não era eletrônico e houve fortes suspeitas de fraude eleitoral. Ele era conservador, a virgindade de rapazes e moças até o dia do casamento, propôs que as escolas fossem divididas por sexo.
De acordo com os cientistas a temperatura do planeta está aumentando. Os países mais destacados do mundo concordaram em reduzir os níveis de poluição. A única exceção são os EUA, culpados por 25% da poluição total do planeta. Bush Jr. Argumentou que não podia prejudicar os lucros das empresas capitalistas norte-americanas.
Bush Jr. Reforçou a desconfiança do mundo quando anunciou a retomada do Projeto Guerra nas Estrelas. Trata-se da construção de um gigantesco escudo protetor espacial para impedir que os mísseis inimigos atinjam o território americano.
Os mulçumanos são os seguidores de uma religião chamada islamismo. Eles acreditam em um único Deus (que em árabe é chamado de Allah) e seguem as recomendações do profeta Mohammed (Maomé) no Alcorão (Livro Sagrado). O islamismo surgiu entre os povos árabes.
Existem governos de países árabes muçulmanos que cultivam boas relações com os EUA. É o caso do Kuwait e da Arábia Saudita.
Os EUA já bombardearam a Líbia e o Iraque. Mas os Fundamentalistas islâmicos sabem que não tem chance de destruir os EUA ou Israel. Optaram por praticar atentados terroristas. Bin Laden, que foi acusado de ter organizado o atentado em Nova York não é um chefe guerrilheiro nem um líder político de esquerda. Ele é um milionário que defende um regime de governo autoritário no qual a reforma agrária é proibida e as mulheres devem total obediência aos homens.
O governo norte-americano decidiu atacar o Afeganistão. Bin Laden morava no Afeganistão e foi protegido pelos talebãs. Em outubro de 2001, forças dos EUA e da Inglaterra iniciaram o bombardeio ao Afeganistão. Chamaram isso de “Guerra contra o Terror”. O ataque terrorista assassinou milhares de inocente em Nova York. O ataque dos EUA e da Inglaterra assassinou milhares de inocentes no Afeganistão.
Na cidade de Porto Alegre (RS), o século XXI se abriu com duas grandes conferencias (2001 e 2002) do Fórum Social Mundial.
O que deve ficar em destaque não é a economia, mas o social.
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