JK
A idéia básica de Juscelino Kubitschek era desenvolver o Brasil. Para ele o governo tinha de agir de modo que o Brasil deixasse de ser exportador de produtos primários e se convertesse numa economia industrializada. Havia até um slogan desenvolvimentista: CRESCER 50 ANOS EM 5. No governo de JK dezenas de multinacionais abriram filiais no Brasil, principalmente para produzir bens de consumo. Alguns setores da economia cresceram e se modernizaram, o governo investiu pesado na Petrobrás e nas empresas siderúrgicas e estatais. Construiu Brasília, e muitas estradas. Porém ocorreu a dívida externa e a inflação. JK não fez reformas agrárias, e as diferenças sociais não diminuíram, e não beneficiou os pobres.
JÂNIO QUADROS
Jânio Quadros teve uma vitória espetacular. Politicamente conservador agradava a classe alta e média. Embora tivesse se aliado à UDN, não pertencia a nenhum partido. Ele cortou os gastos do governo com hospitais e escolas públicas. Meteu a tesoura no dinheiro que o Estado gastava para manter o petróleo e o trigo baratos. Reatou relações diplomáticas com a URSS e China socialista e condecorou com uma medalha Che Guevara. O governo dos EUA já irritado não aprovou a atitude de Jânio. E a UDN rompeu com Jânio. Renunciou à presidência. Se Jânio deixasse de ser presidente, o chefe de governo seria o vice, João Goulart.
JANGO
Como o Brasil tornava-se um país parlamentarista, Jango estava com seus poderes limitados. Mas em 1963, foi realizado plebiscito, onde a maioria da população votou a favor do retorno do presidencialismo.
O Brasil estava precisando de reformas de base com: reforma agrária; maiores impostos sobre os ricos, para proporcionar dinheiro para o governo fazer hospitais, estradas, escolas e etc. ; reforma na educação. Os sindicatos operários também se organizavam para enfrentar a inflação e organizar greves. Porém empresários banqueiros, e gente poderosa, ficaram contra as reformas de base e contra Jango, pois tinham medo de perder seus privilégios. E também militares que não se simpatizavam por Jango, porque era getulista, por isso seguiam a doutrina de segurança Nacional, que de acordo com a DNS, os militares demonstrariam seu patriotismo impedindo a subversão comunista.
O GOLPE MILITAR DE 1964
Marujos da marinha se organizaram uma associação para defender seus direitos. Então Jango convocou o Comício da central do Brasil. No dia 31 de março de 1964, o governo de Guanabara, Carlos Lacerda, rebelou contra o governo federal. Os generais ordenaram o deslocamento das tropas para ocupar os pontos estratégicos do país. Jango quase não tinha militares do seu lado e não viu outra saída a não ser o exílio no estrangeiro. Não havia mais presidente. Agora o governo estava nas mãos do general Humberto Castello Branco.
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
Capítulo 18 - A Ditadura Militar no Brasil
A Ditadura Militar no Brasil
De 1964 a 1985 o Brasil viveu a ditadura militar. O povo não escolhia os presidentes nem os governadores e o Congresso Nacional não podia controlar os generais presidentes. Os sindicatos, as universidades e os jornais eram vigiados pela polícia.
Regime Militar
O Regime Militar espelhou na educação o caráter anti-democrático de sua proposta ideológica de governo: professores foram presos e demitidos; universidades foram invadidas; estudantes foram presos, feridos, nos confronto com a polícia, e alguns foram mortos; os estudantes foram calados e a União Nacional dos Estudantes proibida de funcionar; o Decreto-Lei 477 calou a boca de alunos e professores; o Ministro da Justiça declarou que "estudantes tem que estudar" e "não podem fazer baderna". Esta era a prática do Regime.
Neste período deu-se a grande expansão das universidades no Brasil. E, para acabar com os "excedentes" (aqueles que tiravam notas suficientes para serem aprovados, mas não conseguiam vaga para estudar), foi criado o vestibular classificatório.
Para erradicar o analfabetismo foi criado o Movimento Brasileiro de Alfabetização - MOBRAL. Aproveitando-se, em sua didática, no expurgado Método Paulo Freire, o MOBRAL propunha erradicar o analfabetismo no Brasil... não conseguiu. E entre denúncias de corrupção... foi extinto.
É no período mais cruel da ditadura militar, onde qualquer expressão popular contrária aos interesses do governo era abafada, muitas vezes pela violência física, que é instituída a Lei 5.692, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, em 1971. A característica mais marcante desta Lei era tentar dar a formação educacional um cunho profissionalizante. Dentro do espírito dos "slogans" propostos pelo governo, como "Brasil grande", "ame-o ou deixe-o", "milagre econômico", etc., planejava-se fazer com que a educação contribuísse, de forma decisiva, para o aumento da produção brasileira.
A ditadura militar se desfez por si só. Tamanha era a pressão popular, de vários setores da sociedade, que o processo de abertura política tornou-se inevitável. Mesmo assim, os militares deixaram o governo através de uma eleição indireta, mesmo que concorressem somente dois civis (Paulo Maluf e Tancredo Neves).
Constituição de 1967
A Constituição Brasileira de 1967 foi votada em 24 de janeiro de 1967 e entrou em vigor no dia 15 de março de 1967. Foi elaborada pelo Congresso Nacional, a que o Ato Institucional n. 4 atribuiu função de poder constituinte originário ("ilimitado e soberano"). O Congresso Nacional, transformado em Assembléia Nacional Constituinte e já com os membros da oposição afastados, elaborou, sob pressão dos militares, uma Carta Constitucional semi-outorgada que buscou legalizar e institucionalizar o regime militar conseqüente da Revolução de 1964.
No dia 6 de dezembro de 1966 foi publicado o projeto de constituição redigido por Carlos Medeiros Silva, ministro da Justiça, e por Francisco Campos. Como houve protestos por parte da oposição e da Arena, em 7 de dezembro o governo editou o AI-4, convocando o Congresso Nacional de 12 de dezembro de 1966 a 24 de janeiro de 1967 para discutir e votar a nova Constituição. Enquanto isso o governo poderia legislar com Decretos-Leis sobre segurança nacional, administração e finanças. No dia 24 de janeiro de 1967 aprovada, sem grandes alterações, a nova Constituição, que incorporava as medidas já estabelecidas pelos Atos Institucionais e Complementares. Em 15 de março de 1967 o governo divulgou o Decreto-Lei 314, que estabelecia a Lei de Segurança Nacional.
A necessidade da elaboração de nova constituição com todos os atos institucionais e complementares incorporados, foi para que houvesse a reforma administrativa brasileira e a formalização legislativa, pois a Constituição de 18 de Setembro de 1946 estava conflitando desde 1964 com os atos e a normatividade constitucional, denominada institucional.
A Constituição de 1967 foi a sexta do Brasil e a quinta da República. Buscou institucionalizar e legalizar o regime militar, aumentando a influência do Poder Executivo sobre o Legislativo e Judiciário e criando desta forma, uma hierarquia constitucional centralizadora. As emendas constitucionais que eram atribuições do Poder Legislativo, com o aval do Poder Executivo e Judiciário, passaram a ser iniciativas únicas e exclusivas dos que exerciam o Poder Executivo, ficando os demais relevados à meros espectadores das aprovações dos pacotes, como seriam posteriormente nominadas as emendas e legislações baixadas pelo Presidente da República.
O AI-5
O Ato Institucional Nº5 ou AI-5 foi o quinto de uma série de decretos emitidos pelo regime militar brasileiro nos anos seguintes ao Golpe militar de 1964 no Brasil.
O AI-5 sobrepondo-se à Constituição de 24 de janeiro de 1967, bem como às constituições estaduais, dava poderes extraordinários ao Presidente da República e suspendia várias garantias constitucionais.
Redigido pelo ministro da justiça Luís Antônio da Gama e Silva em 13 de dezembro de 1968, o ato veio em represália à decisão da Câmara dos Deputados, que se negara a conceder licença para que o deputado Márcio Moreira Alves fosse processado por um discurso pedindo ao povo brasileiro que boicotasse as festividades do dia 7 de setembro.
Mas o decreto também vinha na esteira de ações e declarações pelas quais a classe política fortaleceu a chamada linha dura do regime militar. O Ato Institucional Número Cinco, ou AI-5, foi o instrumento que deu ao regime poderes absolutos e cuja primeira conseqüência foi o fechamento do Congresso Nacional por quase um ano.
Pelo artigo 2º do AI-5, o Presidente da República podia decretar o recesso do Congresso Nacional, das Assembléias Legislativas e das Câmaras de Vereadores, que só voltariam a funcionar quando o Presidente os convocasse. Durante o recesso, o Poder Executivo federal , estadual ou municipal, cumpriria as funções do Legislativo correspondente. Ademais, o Poder Judiciário também se subordinava ao Executivo, pois os atos praticados de acordo com o AI-5 e seus Atos Complementares excluiam-se de qualquer apreciação judicial (artigo 11).
O Presidente da República podia decretar a intervenção nos Estados e Municípios, "sem as limitações previstas na Constituição" (art. 3º).
Conforme o artigo 4°, o Presidente da República, ouvido o Conselho de Segurança Nacional, e "sem as limitações previstas na Constituição", podia suspender os direitos políticos de quaisquer cidadãos por 10 anos e cassar mandatos eletivos federais, estaduais e municipais. Pelo artigo 5°, a suspensão dos direitos políticos, significava:
I - cessação de privilégio de foro por prerrogativa de função;
II - suspensão do direito de votar e ser votado nas eleições sindicais;
III - proibição de atividades ou manifestação sobre assunto de natureza política;
IV - aplicação, pelo Ministério da Justiça, independentemente de apreciação pelo Poder Judiciário, das seguintes medidas:
a) liberdade vigiada;
b) proibição de freqüentar determinados lugares;
c) domicílio determinado.
Ademais "outras restrições ou proibições ao exercício de quaisquer outros direitos públicos ou privados" poderiam ser estabelecidas à discrição do Executivo.
O Presidente da República podia também, conforme o artigo 8º, decretar o confisco de bens em decorrência de enriquecimento ilícito no exercício de cargo ou função pública, após a devida investigação - com cláusula de restituição se provada a legitimidade da aquisição dos bens.
O artigo 10 suspendia a garantia de habeas corpus, nos casos de crimes políticos, contra a segurança nacional, a ordem econômica e social e a economia popular.
Durante a vigência do AI-5, também recrudesceu a censura. A censura prévia se estendia à imprensa, à música, ao teatro e ao cinema.
A luta armada
A esquerda armada no Brasil se iniciou quando o socialismo revolucionário trouxe métodos empíricos do terrorismo político pelos anarquistas espanhóis, portugueses e italianos, que fundaram, no início do século XX, os primeiros sindicatos do País. Emílio Garrastazu Médici assume a Presidência em 30 de outubro de 1969 e governa até 15 de março de 1974. Seu Governo fica conhecido como "os anos negros da ditadura". O movimento estudantil e sindical estão contidos e silenciados pela repressão policial. O fechamento dos canais de participação política leva a esquerda a optar pela luta armada e pela guerrilha urbana. O governo responde com mais repressão. Lança também a campanha publicitária, com o slogan "Brasil, ame-o ou deixe-o". O endurecimento político é respaldado pelo "milagre econômico", crescimento do PIB, diversificação das atividades produtivas, concentração de renda e surgimento de uma nova classe média com alto poder aquisitivo.
Parte da Esquerda brasileira optou pela luta armada como forma de resistir ao Regime Militar e abrir caminho para uma revolução. Destacaram-se: Ação Libertadora Nacional (ALN), liderada por Carlos Marighella, ex-deputado e ex-membro do Partido Comunista Brasileiro, morto numa emboscada em 69; Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), comandada pelo ex- capitão do Exército Carlos Lamarca, morto na Bahia, em 17 de setembro de 1971; e o Partido Comunista do Brasil (PC do B), uma dissidência do PCB. As organizações armadas, conhecidas também como guerrilha, fizeram assaltos a bancos e seqüestros de diplomatas para trocá-los por presos políticos e colaboradores do regime.
A Ação Popular foi, na década de 60, um dos mais importantes movimentos de resistência ao regime militar. Teve origem em 1962 a partir de grupos católicos, especialmente influentes no movimento estudantil. De 62 até 1972 a Ação Popular fez todos os presidentes da UNE. De, inicialmente, moderada a AP passou a discutir a necessidade da luta armada, devido a radicalização dos órgãos de repressão. A AP lançou o movimento Contra a Ditadura e em 67 mudou sua sigla para APML (Ação Popular Marxista-Lenista) buscando aliar-se aos movimentos camponeses e de bóia-frias. Vários líderes da AP foram assassinados. A AP terminou com sua incorporação ao PC do Brasil.
O milagre econômico
O "milagre econômico" é a denominação dada à época de excepcional crescimento econômico ocorrido durante a ditadura militar, ou anos de chumbo, especialmente entre 1969 e 1973, no governo Médici. Nesse período áureo do desenvolvimento brasileiro em que, paradoxalmente, houve aumento da concentração de renda e da pobreza, instaurou-se um pensamento ufanista de "Brasil potência", que se evidencia com a conquista da terceira Copa do Mundo de Futebol em 1970 no México, e a criação do mote de significado dúbio: "Brasil, ame-o ou deixe-o".
As três vitórias na Copa do Mundo ajudaram a manter no ar um clima de euforia generalizada, nunca antes vista, e daquilo que Elio Gaspari apelidou de "patriotadas". O Brasil cantava:
"Noventa milhões em ação,pra frente, Brasildo meu coração(...)Salve a seleção."
O fim do milagre
A partir de 1973 o crescimento da economia brasileira diminuiu, e em 1974 ocorreu o primeiro choque do petróleo, quando seu preço foi elevado abruptamente de US$3,37 para US$11,25 por barril. A crise do petróleo provocou uma aceleração da taxa de inflação no mundo todo e principalmente no Brasil, onde passou de 15,5% em 1973 para 34,5% em 1974. O crescimento diminuiu no período 1974-1979 passando a 6,5% em média; na época do "milagre" as taxas de crescimento eram, em média, superiores a 10% anuais, tendo alcançado picos de 13% anuais.
A balança comercial brasileira, a partir de 1974, apresentou enormes défices causados principalmente pela importação de petróleo, que ultrapassaram os 4 bilhões de dólares ao ano. A capacidade de geração de divisas tornou-se insuficiente para sustentar o ritmo do crescimento. No final dessa década, a inflação chegou a 94,7% ao ano; em 1980 já era de aproximadamente 110 %, e em 1983 alcançou o patamar de 200%.
A chegada de Jimmy Carter à Casa Branca em 1977 também dificultou a sustentabilidade político-econômica da ditadura militar brasileira, visto que Carter foi o primeiro presidente desde o assassinato de John Kennedy em 1963 que não deu pleno apoio norte-americano a regimes anti-comunistas autoritários na América Latina.
A dívida externa brasileira chegou a US$ 90 bilhões. Para pagá-la, eram usados 90% da receita oriunda das exportações, e o Brasil assim entrou numa fortíssima recessão econômica que duraria até a década de 1990 e que tem como maior fruto o desemprego, que se agravou com o passar dos anos.
Figueiredo e a abertura
A abertura política é o nome que se dá ao processo de liberalização da ditadura militar que governou o Brasil, processo esse iniciado em 1974 e terminado em 1985, com o fim da ditadura. Tão logo o general Ernesto Geisel assumiu ao poder, e se deparou com uma deteriorização da economia e um descontentamento da sociedade, então propõe mudanças no poder, e na forma de repressão do governo. Sinalizando através de declarações e discursos que iniciaria a abertura política de forma lenta, gradual e segura.
A abertura assim se contrapõe ao fechamento do regime, durante os governos de Costa e Silva e Médici.
Em 15 de março de 1979, Figueiredo, o último dos generais no poder, assume a Presidência da República (1979-1985). Assumiu jurando fazer do Brasil uma democracia.
Ficou famoso pela sua frase, ao ser questionado sobre a abertura política: "É pra abrir mesmo. Quem não quiser que abra, eu prendo e arrebento!"
Em 28 de agosto de 1979 é sancionada a lei 6683, que concede Anistia aos cassados pelo regime militar. A lei também concedia anistia aos membros do governo acusados de tortura.
No dia 22 de novembro de 1979 é aprovada a reforma política que restabelece o pluripartidarismo, com extinção do MDB e da ARENA. A medida foi vista por críticos como uma manobra do governo para dividir a oposição e impedir grandes vitórias de um MDB unido.
A mobilização da sociedade civil
No final da década de 70, na passagem do governo Geisel para o de Figueiredo, estava ficando claro que a ditadura estava acabando. A palavra da moda era abertura, especialmente abertura política. Vimos que os generais castelistas, como Geisel e Figueiredo, eram favoráveis à abertura política. Mas seria um grave erro atribuir o fim do regime à boa vontade democrática dos militares.
Na verdade, a ditadura estava afundando. Para começar, a crise econômica: inflação, diminuição do crescimento econômico, aumento da pobreza. Foi só Geisel abrandar a censura para que os escândalos de corrupção no governo começassem a pipocar. Tudo isso tirava a confiança da população no governo. Bastava ter eleição e pimba, o MDB ganhava mais votos do que a Arena. No começo do regime, castrado pelas cassações, o MDB era uma presença tímida. Praticamente só havia Arena no Brasil, Aos poucos, entretanto, o MDB foi ampliando sua capacidade de fustigar a ditadura, Nele havia desde liberais até comunistas, todos unidos com um propósito básico: acabar com o regime militar, restaurar a democracia no Brasil.
Portanto, ao contrário do que disse a propaganda oficial, a tal abertura política não foi resultado simplesmente da boa vontade do governo. Foi o recuo de um regime acossado pela crise e atacado por um povo que se organizava.
Em nenhum momento do regime a oposição democrática se calou. Todavia, a partir de 1975, essa oposição atuava de outro jeito. Não eram mais estudantes jogando pedras para enfrentar a polícia, como nas memoráveis passeatas de 1968, nem eram meia dúzia de guerrilheiros cutucando a onça blindada com vara curta. Agora, a luta contra o regime ainda tinha o mesmo ardor, o mesmo idealismo, só que com maturidade, com substância. O segredo era a mobilização da sociedade civil.
Sociedade civil não é o contrário de sociedade militar. A sociedade civil se opõe ao Estado. Quem faz parte do Estado? Os políticos, os juízes e tribunais, a administração pública, a polícia, o Exército etc. As instituições da sociedade civil são organizações como sindicatos, associações de moradores, grupos feministas, igrejas, comitês de defesa de direitos humanos, sociedades ecológicas e culturais etc.
Para começar, a Igreja Católica passava por um processo de grandes mudanças. Em 1964, ela jogou água benta nos tanques. Agora, crescia a consciência de que ser cristão era ser também contra o pecado da opressão social, contra o pecado de nada fazer diante da injustiça social; ser solidário com os pobres; lutar por um mundo mais justo. Não tinha mais essa de que “Deus quis que os pobres fossem submissos”. Era a Teologia da Libertação. A visita do papa João Paulo II ao Brasil, em 1980, foi interpretada como uma força para esse tipo de atitude de engajamento social dos católicos. Enquanto apoiou o regime, a Igreja foi elogiada. Bastou que uma parte dela (o chamado clero progressista) se voltasse contra as barbaridades do nosso capitalismo selvagem, para que logo a acusassem de “fazer politicagem”. Grandes figuras, como D. Hélder Câmara, D. Evaristo Arns e D. Pedro Casaldáliga, frei Betto e frei Leonardo Boff, defenderam os direitos humanos, denunciaram as injustiças sociais, exigiram que o governo mudasse suas atitudes. Organizada nas Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), a população católica ia se conscientizando. Descobria-se que o Evangelho não era uma mensagem para manter escravos, mas justamente o contrário, uma boa-nova de libertação, de libertação de toda a opressão, incluindo a opressão social. O homem deve ganhar o pão com o suor do seu rosto e, portanto, para que todos os que produzem o pão possam ter um pedaço justo desse pão, é preciso suar o rosto para transformar a sociedade no sentido da justiça cristã. E a justiça cristã não é apenas a da caridade, mas a do respeito aos direitos de todos. Não estamos fazendo propaganda da Teologia da Libertação, mas exprimindo algumas de suas idéias. Essa novidade seria importantíssima para compreender o Brasil contemporâneo: nos anos 80, diversos movimentos de operários e camponeses ergueram sua voz para exigir direitos. Um estudo de suas origens revelará que muitos deles nasceram das CPT (Comissões Pastorais da Terra) e das CEBs católicas.
O próprio movimento estudantil universitário renascia. Nas principais universidades do Brasil, o pessoal reorganizava as entidades representativas (Centros Acadêmicos, Diretórios Acadêmicos, Diretórios Centrais dos Estudantes). Esta geração do final dos anos 70 e começo dos 80 mostraria que a política ainda corria no sangue dos estudantes. Mas as coisas não eram fáceis. As faculdades ainda estavam cheias de agentes secretos do SNI infiltrados. E a tentativa de refazer a UNE, através de um encontro de estudantes na PUC-SP em 1977, foi desfeita com brutalidade pela polícia, que bateu tanto que uma menina ficou cega. Mesmo assim, em 1979, num Congresso emocionante na bela Salvador, a UNE estava recriada.
Entidades como a SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) - esta sob a liderança do dr. Raymundo Faoro - e intelectuais de prestígio se manifestavam contra o regime. A imprensa alternativa, representada pelos jornais O Pasquim, Movimento e Opinião, não descansava. A censura tinha sido abrandada no final do governo Geisel e, portanto, já havia um espaço para falar de coisas novas na política. Cada número novo de um desses jornais era lido com voracidade.
Em 1975, foi criado o MFA (Movimento Feminino pela Anistia), para que os presos políticos fossem soltos, os exilados pudessem voltar à pátria e os cassados recebessem justiça. Em 1978, foi criado o CBA (Comitê Brasileiro pela Anistia). 0 Brasil inteiro repudiava a tortura e a arbitrariedade. A saudosa Elis Regina emocionaria o país cantando o hino da anistia; O Bêbado e o Equilibrista. Outros cantores populares, como Chico Buarque e Milton Nascimento, compunham músicas com críticas sutis ao regime militar.
Como você vê, a oposição estava articulada: jornalistas, MDB, estudantes, Igreja Católica, intelectuais, movimento pela anistia. Mas as coisas não seriam tão fáceis assim.
A reação da extrema direita
A extrema direita respondeu com fogo. D. Adriano Hipólito, bispo de Nova Iguaçu (Rio de Janeiro), foi seqüestrado e espancado. Bombas explodiram na ABI (Associação Brasileira de Imprensa), e na Editora Civilização Brasileira. No mesmo ano (1976), o DOI-CODI invadiu a tal casa na Lapa e massacrou os ocupantes, todos da direção do PC do B, como já foi dito. Assim, as forças retrógradas deixavam claro que não aceitariam qualquer avanço democrático.
A situação ficou tensa. As forças democráticas avançavam, mas a direita replicava: 0 governo, irritado, se confundia, reprimia, vacilava. Era o impasse. Para onde iria o Brasil? A extrema direita teria mesmo o poder de barrar o povo? Quem decidiria o nosso futuro?
Os dias de medo pareciam eternos. Apesar de toda a articulação da sociedade, o regime autoritário dava a impressão de ser capaz de resistir por muito tempo. Seria uma muralha indestrutível? A violência talvez não terminasse nunca. Quem teria a capacidade de mudar a correlação de forças? Quem seria capaz de abalar decisivamente o regime? Haveria algum movimento social capaz de provocar a virada decisiva? As pessoas se entreolhavam angustiadas; e agora?
O movimento operário
Na década de 1970, o Brasil vivenciava um período de grandes tensões nos campos político e econômico. Por um lado, o governo controlado pelos militares exprimia uma estrutura de poder autoritária que desapontava os anseios de uma significativa parcela da população brasileira. Por outro, a economia enfrentava números alarmantes após a deflagração das duas crises petrolíferas que atingiram o mercado internacional em cheio.
Na passagem dos governos Giesel e Figueiredo, entre os anos de 1978 e 1979, várias medidas foram tomadas com o objetivo claro de estabelecer o gradual fim do regime militar. Aproveitando dessa situação, vários metalúrgicos da região do ABC paulista organizaram uma enorme paralisação que reivindicava o reajuste dos salários de acordo com a variação dos índices inflacionários. Nesse momento, após vários anos de forte repressão, a classe trabalhadora parecia se rearticular.
Novos partidos
Figueiredo decretou que Arena e o MDB não poderiam existir mais. Agora, teriam de ser criados novos partidos.
Os homens da Arena rapidamente criaram o Partido Democrático Social (PDS). Portanto, o partido que apoiava o regime militar passava a ser o PDS .
O Partido Democrático Social (PDS) foi um partido político brasileiro de direita fundado em 1980 logo após o fim do sistema bipartidário que vigeu durante o Regime Militar de 1964 no bojo de uma reforma partidária ocorrida no governo João Figueiredo. Herdeiro e sucessor da ARENA, foi extinto em 1993 após seus integrantes terem aprovado sua fusão com o PDC para criar o Partido Progressista Reformador. De uma dissidência nos quadros do PDS surgiu o Partido da Frente Liberal, o (PFL), hoje o atual Democratas (DEM) em meados dos anos oitenta.Posteriormente o Partido Progressista Reformador mudaria para Partido Progressista Brasileiro (PPB) e numa nova mudança se tornaria o atual Partido Progressista, o (PP).
Diretas já
Tão logo foram empossados os governadores eleitos em 1982 começaram os debates em torno da sucessão do presidente João Figueiredo e a ausência de um nome de consenso nas hostes do PDS denotava fissuras na agremiação governista, pois já em sua mensagem de fim de ano o Presidente da República abdicou de coordenar os debates em torno do assunto e remeteu a questão ao partido e nisso surgiram nomes como os do vice-presidente Aureliano Chaves, do Ministro do Interior Mário Andreazza, do senador Marco Maciel e do deputado federal Paulo Maluf, cada qual trazendo consigo uma porção considerável do PDS.
A oposição por sua vez agiu de maneira diversa ao inserir em sua agenda o restabelecimento das eleições diretas para Presidente da República sendo que o primeiro ato dessa campanha ocorreu no município pernambucano de Abreu e Lima em 31 de março de 1983, dia em que o Regime Militar de 1964 completava dezenove anos. Convocada por políticos do PMDB a manifestação havida no Nordeste resultou em um manifesto divulgado em São Paulo em 26 de novembro do mesmo ano quando os dez governadores da oposição (nove do PMDB e um do PDT) exigindo o restabelecer das eleições diretas para Presidente da República.
No dia seguinte um comício pró-Diretas se realizou na capital paulista reunindo dez mil pessoas após uma convocação feita pelo PT, fato que se repetiria entre janeiro e abril de 1984 num evento que passaria à história como o movimento das Diretas Já, frustrado pela rejeição da emenda Dante de Oliveira em 25 de abril de 1984 apesar de a proposta contar com um apoio significativo dentro do próprio PDS, contudo nem mesmo esse fato arrefeceu os debates em torno da questão sucessória.
Ciente dos riscos que se avizinhavam em razão de tamanha fragmentação o senador José Sarney propôs a realização de prévias para a escolha do candidato governista, proposta logo rechaçada pelos malufistas que a interpretaram como uma tentativa de inviabilizar a candidatura do líder, fato que levou Sarney a deixar a presidência do PDS e dias depois abandonar o partido, no que foi seguido pelo também senador Jorge Bornhausen.
Cerca de dez dias mais tarde os governadores do PMDB e mais Leonel Brizola do PDT anunciaram apoio ao nome de Tancredo Neves como candidato oposicionista na disputa do Colégio Eleitoral, (que havia sido eleito nas eleições de 1978 e que se compunha do Congresso Nacional e representantes das assembléias legislativas), ao passo que no PDS houve a retirada dos nomes de Aureliano Chaves e Marco Maciel da disputa, o que deixou Paulo Maluf e Mário Andreazza como postulantes à vaga de candidato, todavia a vitória de Maluf fez com que os adversários migrassem em peso para a cidadela oposicionista.
Após um acordo firmado entre o PMDB e a dissidência Frente Liberal do PDS ficou estabelecido que Tancredo Neves seria o canditado a presidente e José Sarney (ex-Arena, deixa o PDS para se filiar ao PMDB) seria o candidato a vice-presidente.
Tancredo foi lançado candidato por ser aceito por grande parte dos militares e tido como moderado. Essa moderação porém era alvo de críticas do PT que não aceitava o colégio eleitoral. Sob sua moderação Tancredo dizia:
’’ Se é mineiro não é radical, se é radical não é mineiro’’
A eleição de Tancredo
Tancredo de Almeida Neves (São João del-Rei, 4 de março de 1910 — São Paulo, 21 de abril de 1985) foi um político brasileiro.
Em 15 de janeiro de 1985 foi eleito presidente do Brasil pelo voto indireto de um colégio eleitoral, mas adoeceu gravemente as vésperas da posse e morreu sem ter sido empossado.Os verdadeiros motivos da sua morte permanecem por explicar. Porém por lei, deve figurar em todas as galerias de presidentes do Brasil. Tancredo foi o último mineiro a ser eleito presidente do Brasil.
Foi casado com Risoleta Guimarães Tolentino, com quem teve três filhos. Recebeu o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade de Coimbra. Era chamado por seus próximos por "Doutor Tancredo". É avô de Aécio Neves, atual governador de Minas Gerais.
Durante a República Velha fez oposição a Artur Bernardes, sendo um antibernadista. São João del Rey era uma das poucas cidades em que Bernardes não ganhava.
Foi lançado na política pelo líder municipal Augusto Viegas do qual sempre guardou gratidão.
Quando perguntado, pela revista Pasquim, sobre sobre os partidos políticos ao qual pertenceu, explicou que escolheu partido político como todos fazem em Minas Gerais, por questões municipais.
Filiado ao Partido Progressista, após a Revolução de 1930, não pôde viabilizar sua candidatura a deputado estadual, em 1934, mas, em 1935, foi eleito vereador em São João del-Rei chegando à presidência da Câmara Municipal, quando chegou a assumir a prefeitura municipal interinamente.
Sarney
Ingressou na vida pública na década de 1950. Foi deputado federal em 1955. É portanto o parlamentar mais antigo ainda em atividade no Congresso Nacional.
Ao longo de sua carreira política, foi diversas vezes deputado, foi governador do Maranhão entre 1966 e 1971, senador pelo Maranhão entre 1971 e 1985 e Presidente da República de 1985 a 1990. Já integrou a UDN, foi líder do governo Jânio Quadros na Câmara dos Deputados, foi presidente da ARENA e do PDS, e posteriormente filiou-se ao PMDB.
Na sua posse como governador do estado do Maranhão, em 30 de janeiro de 1966, o cineasta Glauber Rocha produziu o documentário Maranhão 66, que mesclava cenas da posse com cenas do povo maranhense. Posteriormente, José Sarney rejeitou o trabalho de Glauber, que era seu amigo pessoal. Ficou no cargo por quatro anos.
Para a eleição presidencial de 1985, a Frente Liberal (dissidência do PDS) indicou-o para compor, como candidato a vice-presidente, a chapa da Aliança Democrática, encabeçada por Tancredo Neves[3].
Após deixar a presidência, em 1990, Sarney continuou sua trajetória política como senador, agora pelo estado do Amapá. Foi presidente do Senado Federal de 1995 a 1997 e de 2003 a 2005, cargo que ocupa novamente desde 2 de fevereiro de 2009. Cumpre ressaltar que o presidente do Senado é concomitantemente o presidente do Congresso Nacional.
José Sarney é pai de Roseana Sarney, atual governadora do Maranhão, do deputado federal Sarney Filho e do empresário Fernando José Sarney. A família controla o conglomerado Sistema Mirante de Comunicação, dono de três emissoras e dezenas de retransmissoras de televisão Rede Mirante (afiliadas à Rede Globo), seis emissoras de rádio (Rádio Mirante AMs e FMs e o jornal O Estado do Maranhão.[4]
Presidência da República
Sarney foi eleito vice-presidente da República na chapa de Tancredo Neves, por eleição indireta, superando a chapa do candidato Paulo Maluf. Assumiu a presidência, como vice-presidente, em 15 de março de 1985, diante do adoecimento de Tancredo Neves. Com o falecimento de Tancredo em 21 de abril, tornou-se o titular do cargo de presidente da República.
Sua posse foi tensa pois havia dúvidas constitucionais sobre se era Sarney ou o presidente da Câmara dos Deputados, Ulysses Guimarães, quem deveria assumir a presidência da República. Foi decisivo para sua posse o apoio do general Leônidas Pires Gonçalves indicado por Tancredo Neves para Ministro do exército que apoiou a posse de Sarney.
Seu mandato caracterizou-se pela consolidação da democracia brasileira, mas também por uma grave crise econômica, que evoluiu para um quadro de hiperinflação histórica e moratória.
Também se notabilizaram as acusações de corrupção endêmica em todas as esferas do governo, sendo o próprio Presidente José Sarney denunciado, embora as acusações não tenham sido levadas à frente pelo Congresso Nacional. Foi período entre 1987 a 1989, que eclodia a crise política, aliada a cise econômica. Foram citadas suspeitas de superfaturamento e irregularidades em concorrências públicas, como a da licitação da Ferrovia Norte-Sul, que voltou ser construída a partir de 2004, no Governo Lula.
O Plano Cruzado
Na área econômica, o governo Sarney adotou uma política considerada heterodoxa. Entre as medidas de maior destaque estão o Plano Cruzado, em 1986: congelamento geral de preços por doze meses, e a adoção do "gatilho salarial" (reajuste automático de salários sempre que a inflação atingia ou ultrapassava os 20%).
O Plano Cruzado a princípio teve efeito na contenção dos preços e no aumento do poder aquisitivo da população. Milhares de consumidores passaram a fiscalizar os preços no comércio e a denunciar as remarcações, ficando conhecidos como "fiscais do Sarney".
No decorrer do ano o Cruzado foi perdendo sua eficiência, com uma grave crise de abastecimento, a cobrança de ágio disseminada entre fornecedores e a volta da inflação. O governo manteve o congelamento até as eleições estaduais de 1986, tentando obter os maiores dividendos políticos possíveis do plano.
Moratória e novos planos econômicos
A estratégia eleitoral rendeu ao PMDB sucesso nas eleições de governador em 22 dos 23 estados brasileiros. A economia, no entanto, não resistiu ao controle estatal sobre a inflação, ao mesmo tempo em que o governo não era capaz de conter gastos. Foi lançado o Plano Cruzado II, sem que a situação melhorasse. Esse processo culminou com a decretação da moratória, em 20 de janeiro de 1987, decisão considerada altamente controversa.
Sucederam-se os Planos Bresser e Verão, sem sucesso no combate à escalada inflacionária. No fim do governo Sarney, o Brasil mergulha numa crise: entre fevereiro de 1989 e março de 1990, a inflação chega a 2.751%.
Eleições e Constituinte
Sarney notabilizou-se pela sua condução do processo de redemocratização do país. Em 1985 realizaram-se eleições diretas para prefeito das capitais, as primeiras em vinte anos.
Em 1986 ocorreram as eleições para a Assembléia Nacional Constituinte, a qual promulgou uma nova constituição em 5 de outubro de 1988. Foram legalizados todos os partidos políticos até então clandestinos e extinta a censura prévia.
Foram realizadas eleições diretas para Presidente da República em 1989, as primeiras em 29 anos. José Sarney foi sucedido na Presidência por Fernando Collor de Mello.
Após a Presidência
Após a transmissão do cargo de Presidente a Fernando Collor de Melo, em 1990, Sarney transferiu seu domicílio eleitoral para o recém-criado estado do Amapá, antigo território, e candidatou-se e venceu no Senado Federal no mesmo ano.
Segundo denúncias de imprensa da época, a transferência de domicílio eleitoral se ser eleito, seria para impedir que Collor entrasse processo para vasculhar irregularidades durante a presidência, que dois anos mais tarde era afastado pelo mesmo motivo. Sarney reelegeu no Senado em 1998 e 2006 e desde então, é representante do Amapá no Senado há quase vinte anos.
Nas eleições de 2006, embora com o mais alto índice de rejeição dentre os candidatos ao Senado pelo Amapá nas pesquisas pré-eleitorais, Sarney venceu o pleito e manteve-se no Senado Federal com 53,8% dos votos válidos, contra 43,5% da segunda colocada, Maria Cristina Almeida (PSB), e 1,2% da terceira colocada, Celisa Capelari (PSOL).
Em sua atividade legislativa, Sarney tradicionalmente apoiou o governo, como fez na época do presidente João Goulart antes do golpe militar. Posteriormente, integrou-se à Aliança Renovadora Nacional após o golpe de 1964. Na década de 1980, Sarney, juntamente com políticos do PDS, como Antônio Carlos Magalhães e Marco Maciel, deixou o governo para fundar a Frente Liberal (atual DEM) e foi candidato a vice-presidente na chapa de Tancredo Neves. Anos depois, após o impeachment do presidente Fernando Collor de Mello, Sarney aliou-se ao sucessor, Itamar Franco.
Posteriormente, foi aliado do presidente Fernando Henrique Cardoso, elegendo-se Presidente do Senado com seu apoio, e hoje é aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em 2 de fevereiro de 2009, foi eleito e tomou posse como Presidente do Senado Federal do Brasil, pela terceira vez. Sarney foi eleito com 49 dos 81 votos dos senadores, derrotando o adversário do PT, Tião Viana.
De 1964 a 1985 o Brasil viveu a ditadura militar. O povo não escolhia os presidentes nem os governadores e o Congresso Nacional não podia controlar os generais presidentes. Os sindicatos, as universidades e os jornais eram vigiados pela polícia.
Regime Militar
O Regime Militar espelhou na educação o caráter anti-democrático de sua proposta ideológica de governo: professores foram presos e demitidos; universidades foram invadidas; estudantes foram presos, feridos, nos confronto com a polícia, e alguns foram mortos; os estudantes foram calados e a União Nacional dos Estudantes proibida de funcionar; o Decreto-Lei 477 calou a boca de alunos e professores; o Ministro da Justiça declarou que "estudantes tem que estudar" e "não podem fazer baderna". Esta era a prática do Regime.
Neste período deu-se a grande expansão das universidades no Brasil. E, para acabar com os "excedentes" (aqueles que tiravam notas suficientes para serem aprovados, mas não conseguiam vaga para estudar), foi criado o vestibular classificatório.
Para erradicar o analfabetismo foi criado o Movimento Brasileiro de Alfabetização - MOBRAL. Aproveitando-se, em sua didática, no expurgado Método Paulo Freire, o MOBRAL propunha erradicar o analfabetismo no Brasil... não conseguiu. E entre denúncias de corrupção... foi extinto.
É no período mais cruel da ditadura militar, onde qualquer expressão popular contrária aos interesses do governo era abafada, muitas vezes pela violência física, que é instituída a Lei 5.692, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, em 1971. A característica mais marcante desta Lei era tentar dar a formação educacional um cunho profissionalizante. Dentro do espírito dos "slogans" propostos pelo governo, como "Brasil grande", "ame-o ou deixe-o", "milagre econômico", etc., planejava-se fazer com que a educação contribuísse, de forma decisiva, para o aumento da produção brasileira.
A ditadura militar se desfez por si só. Tamanha era a pressão popular, de vários setores da sociedade, que o processo de abertura política tornou-se inevitável. Mesmo assim, os militares deixaram o governo através de uma eleição indireta, mesmo que concorressem somente dois civis (Paulo Maluf e Tancredo Neves).
Constituição de 1967
A Constituição Brasileira de 1967 foi votada em 24 de janeiro de 1967 e entrou em vigor no dia 15 de março de 1967. Foi elaborada pelo Congresso Nacional, a que o Ato Institucional n. 4 atribuiu função de poder constituinte originário ("ilimitado e soberano"). O Congresso Nacional, transformado em Assembléia Nacional Constituinte e já com os membros da oposição afastados, elaborou, sob pressão dos militares, uma Carta Constitucional semi-outorgada que buscou legalizar e institucionalizar o regime militar conseqüente da Revolução de 1964.
No dia 6 de dezembro de 1966 foi publicado o projeto de constituição redigido por Carlos Medeiros Silva, ministro da Justiça, e por Francisco Campos. Como houve protestos por parte da oposição e da Arena, em 7 de dezembro o governo editou o AI-4, convocando o Congresso Nacional de 12 de dezembro de 1966 a 24 de janeiro de 1967 para discutir e votar a nova Constituição. Enquanto isso o governo poderia legislar com Decretos-Leis sobre segurança nacional, administração e finanças. No dia 24 de janeiro de 1967 aprovada, sem grandes alterações, a nova Constituição, que incorporava as medidas já estabelecidas pelos Atos Institucionais e Complementares. Em 15 de março de 1967 o governo divulgou o Decreto-Lei 314, que estabelecia a Lei de Segurança Nacional.
A necessidade da elaboração de nova constituição com todos os atos institucionais e complementares incorporados, foi para que houvesse a reforma administrativa brasileira e a formalização legislativa, pois a Constituição de 18 de Setembro de 1946 estava conflitando desde 1964 com os atos e a normatividade constitucional, denominada institucional.
A Constituição de 1967 foi a sexta do Brasil e a quinta da República. Buscou institucionalizar e legalizar o regime militar, aumentando a influência do Poder Executivo sobre o Legislativo e Judiciário e criando desta forma, uma hierarquia constitucional centralizadora. As emendas constitucionais que eram atribuições do Poder Legislativo, com o aval do Poder Executivo e Judiciário, passaram a ser iniciativas únicas e exclusivas dos que exerciam o Poder Executivo, ficando os demais relevados à meros espectadores das aprovações dos pacotes, como seriam posteriormente nominadas as emendas e legislações baixadas pelo Presidente da República.
O AI-5
O Ato Institucional Nº5 ou AI-5 foi o quinto de uma série de decretos emitidos pelo regime militar brasileiro nos anos seguintes ao Golpe militar de 1964 no Brasil.
O AI-5 sobrepondo-se à Constituição de 24 de janeiro de 1967, bem como às constituições estaduais, dava poderes extraordinários ao Presidente da República e suspendia várias garantias constitucionais.
Redigido pelo ministro da justiça Luís Antônio da Gama e Silva em 13 de dezembro de 1968, o ato veio em represália à decisão da Câmara dos Deputados, que se negara a conceder licença para que o deputado Márcio Moreira Alves fosse processado por um discurso pedindo ao povo brasileiro que boicotasse as festividades do dia 7 de setembro.
Mas o decreto também vinha na esteira de ações e declarações pelas quais a classe política fortaleceu a chamada linha dura do regime militar. O Ato Institucional Número Cinco, ou AI-5, foi o instrumento que deu ao regime poderes absolutos e cuja primeira conseqüência foi o fechamento do Congresso Nacional por quase um ano.
Pelo artigo 2º do AI-5, o Presidente da República podia decretar o recesso do Congresso Nacional, das Assembléias Legislativas e das Câmaras de Vereadores, que só voltariam a funcionar quando o Presidente os convocasse. Durante o recesso, o Poder Executivo federal , estadual ou municipal, cumpriria as funções do Legislativo correspondente. Ademais, o Poder Judiciário também se subordinava ao Executivo, pois os atos praticados de acordo com o AI-5 e seus Atos Complementares excluiam-se de qualquer apreciação judicial (artigo 11).
O Presidente da República podia decretar a intervenção nos Estados e Municípios, "sem as limitações previstas na Constituição" (art. 3º).
Conforme o artigo 4°, o Presidente da República, ouvido o Conselho de Segurança Nacional, e "sem as limitações previstas na Constituição", podia suspender os direitos políticos de quaisquer cidadãos por 10 anos e cassar mandatos eletivos federais, estaduais e municipais. Pelo artigo 5°, a suspensão dos direitos políticos, significava:
I - cessação de privilégio de foro por prerrogativa de função;
II - suspensão do direito de votar e ser votado nas eleições sindicais;
III - proibição de atividades ou manifestação sobre assunto de natureza política;
IV - aplicação, pelo Ministério da Justiça, independentemente de apreciação pelo Poder Judiciário, das seguintes medidas:
a) liberdade vigiada;
b) proibição de freqüentar determinados lugares;
c) domicílio determinado.
Ademais "outras restrições ou proibições ao exercício de quaisquer outros direitos públicos ou privados" poderiam ser estabelecidas à discrição do Executivo.
O Presidente da República podia também, conforme o artigo 8º, decretar o confisco de bens em decorrência de enriquecimento ilícito no exercício de cargo ou função pública, após a devida investigação - com cláusula de restituição se provada a legitimidade da aquisição dos bens.
O artigo 10 suspendia a garantia de habeas corpus, nos casos de crimes políticos, contra a segurança nacional, a ordem econômica e social e a economia popular.
Durante a vigência do AI-5, também recrudesceu a censura. A censura prévia se estendia à imprensa, à música, ao teatro e ao cinema.
A luta armada
A esquerda armada no Brasil se iniciou quando o socialismo revolucionário trouxe métodos empíricos do terrorismo político pelos anarquistas espanhóis, portugueses e italianos, que fundaram, no início do século XX, os primeiros sindicatos do País. Emílio Garrastazu Médici assume a Presidência em 30 de outubro de 1969 e governa até 15 de março de 1974. Seu Governo fica conhecido como "os anos negros da ditadura". O movimento estudantil e sindical estão contidos e silenciados pela repressão policial. O fechamento dos canais de participação política leva a esquerda a optar pela luta armada e pela guerrilha urbana. O governo responde com mais repressão. Lança também a campanha publicitária, com o slogan "Brasil, ame-o ou deixe-o". O endurecimento político é respaldado pelo "milagre econômico", crescimento do PIB, diversificação das atividades produtivas, concentração de renda e surgimento de uma nova classe média com alto poder aquisitivo.
Parte da Esquerda brasileira optou pela luta armada como forma de resistir ao Regime Militar e abrir caminho para uma revolução. Destacaram-se: Ação Libertadora Nacional (ALN), liderada por Carlos Marighella, ex-deputado e ex-membro do Partido Comunista Brasileiro, morto numa emboscada em 69; Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), comandada pelo ex- capitão do Exército Carlos Lamarca, morto na Bahia, em 17 de setembro de 1971; e o Partido Comunista do Brasil (PC do B), uma dissidência do PCB. As organizações armadas, conhecidas também como guerrilha, fizeram assaltos a bancos e seqüestros de diplomatas para trocá-los por presos políticos e colaboradores do regime.
A Ação Popular foi, na década de 60, um dos mais importantes movimentos de resistência ao regime militar. Teve origem em 1962 a partir de grupos católicos, especialmente influentes no movimento estudantil. De 62 até 1972 a Ação Popular fez todos os presidentes da UNE. De, inicialmente, moderada a AP passou a discutir a necessidade da luta armada, devido a radicalização dos órgãos de repressão. A AP lançou o movimento Contra a Ditadura e em 67 mudou sua sigla para APML (Ação Popular Marxista-Lenista) buscando aliar-se aos movimentos camponeses e de bóia-frias. Vários líderes da AP foram assassinados. A AP terminou com sua incorporação ao PC do Brasil.
O milagre econômico
O "milagre econômico" é a denominação dada à época de excepcional crescimento econômico ocorrido durante a ditadura militar, ou anos de chumbo, especialmente entre 1969 e 1973, no governo Médici. Nesse período áureo do desenvolvimento brasileiro em que, paradoxalmente, houve aumento da concentração de renda e da pobreza, instaurou-se um pensamento ufanista de "Brasil potência", que se evidencia com a conquista da terceira Copa do Mundo de Futebol em 1970 no México, e a criação do mote de significado dúbio: "Brasil, ame-o ou deixe-o".
As três vitórias na Copa do Mundo ajudaram a manter no ar um clima de euforia generalizada, nunca antes vista, e daquilo que Elio Gaspari apelidou de "patriotadas". O Brasil cantava:
"Noventa milhões em ação,pra frente, Brasildo meu coração(...)Salve a seleção."
O fim do milagre
A partir de 1973 o crescimento da economia brasileira diminuiu, e em 1974 ocorreu o primeiro choque do petróleo, quando seu preço foi elevado abruptamente de US$3,37 para US$11,25 por barril. A crise do petróleo provocou uma aceleração da taxa de inflação no mundo todo e principalmente no Brasil, onde passou de 15,5% em 1973 para 34,5% em 1974. O crescimento diminuiu no período 1974-1979 passando a 6,5% em média; na época do "milagre" as taxas de crescimento eram, em média, superiores a 10% anuais, tendo alcançado picos de 13% anuais.
A balança comercial brasileira, a partir de 1974, apresentou enormes défices causados principalmente pela importação de petróleo, que ultrapassaram os 4 bilhões de dólares ao ano. A capacidade de geração de divisas tornou-se insuficiente para sustentar o ritmo do crescimento. No final dessa década, a inflação chegou a 94,7% ao ano; em 1980 já era de aproximadamente 110 %, e em 1983 alcançou o patamar de 200%.
A chegada de Jimmy Carter à Casa Branca em 1977 também dificultou a sustentabilidade político-econômica da ditadura militar brasileira, visto que Carter foi o primeiro presidente desde o assassinato de John Kennedy em 1963 que não deu pleno apoio norte-americano a regimes anti-comunistas autoritários na América Latina.
A dívida externa brasileira chegou a US$ 90 bilhões. Para pagá-la, eram usados 90% da receita oriunda das exportações, e o Brasil assim entrou numa fortíssima recessão econômica que duraria até a década de 1990 e que tem como maior fruto o desemprego, que se agravou com o passar dos anos.
Figueiredo e a abertura
A abertura política é o nome que se dá ao processo de liberalização da ditadura militar que governou o Brasil, processo esse iniciado em 1974 e terminado em 1985, com o fim da ditadura. Tão logo o general Ernesto Geisel assumiu ao poder, e se deparou com uma deteriorização da economia e um descontentamento da sociedade, então propõe mudanças no poder, e na forma de repressão do governo. Sinalizando através de declarações e discursos que iniciaria a abertura política de forma lenta, gradual e segura.
A abertura assim se contrapõe ao fechamento do regime, durante os governos de Costa e Silva e Médici.
Em 15 de março de 1979, Figueiredo, o último dos generais no poder, assume a Presidência da República (1979-1985). Assumiu jurando fazer do Brasil uma democracia.
Ficou famoso pela sua frase, ao ser questionado sobre a abertura política: "É pra abrir mesmo. Quem não quiser que abra, eu prendo e arrebento!"
Em 28 de agosto de 1979 é sancionada a lei 6683, que concede Anistia aos cassados pelo regime militar. A lei também concedia anistia aos membros do governo acusados de tortura.
No dia 22 de novembro de 1979 é aprovada a reforma política que restabelece o pluripartidarismo, com extinção do MDB e da ARENA. A medida foi vista por críticos como uma manobra do governo para dividir a oposição e impedir grandes vitórias de um MDB unido.
A mobilização da sociedade civil
No final da década de 70, na passagem do governo Geisel para o de Figueiredo, estava ficando claro que a ditadura estava acabando. A palavra da moda era abertura, especialmente abertura política. Vimos que os generais castelistas, como Geisel e Figueiredo, eram favoráveis à abertura política. Mas seria um grave erro atribuir o fim do regime à boa vontade democrática dos militares.
Na verdade, a ditadura estava afundando. Para começar, a crise econômica: inflação, diminuição do crescimento econômico, aumento da pobreza. Foi só Geisel abrandar a censura para que os escândalos de corrupção no governo começassem a pipocar. Tudo isso tirava a confiança da população no governo. Bastava ter eleição e pimba, o MDB ganhava mais votos do que a Arena. No começo do regime, castrado pelas cassações, o MDB era uma presença tímida. Praticamente só havia Arena no Brasil, Aos poucos, entretanto, o MDB foi ampliando sua capacidade de fustigar a ditadura, Nele havia desde liberais até comunistas, todos unidos com um propósito básico: acabar com o regime militar, restaurar a democracia no Brasil.
Portanto, ao contrário do que disse a propaganda oficial, a tal abertura política não foi resultado simplesmente da boa vontade do governo. Foi o recuo de um regime acossado pela crise e atacado por um povo que se organizava.
Em nenhum momento do regime a oposição democrática se calou. Todavia, a partir de 1975, essa oposição atuava de outro jeito. Não eram mais estudantes jogando pedras para enfrentar a polícia, como nas memoráveis passeatas de 1968, nem eram meia dúzia de guerrilheiros cutucando a onça blindada com vara curta. Agora, a luta contra o regime ainda tinha o mesmo ardor, o mesmo idealismo, só que com maturidade, com substância. O segredo era a mobilização da sociedade civil.
Sociedade civil não é o contrário de sociedade militar. A sociedade civil se opõe ao Estado. Quem faz parte do Estado? Os políticos, os juízes e tribunais, a administração pública, a polícia, o Exército etc. As instituições da sociedade civil são organizações como sindicatos, associações de moradores, grupos feministas, igrejas, comitês de defesa de direitos humanos, sociedades ecológicas e culturais etc.
Para começar, a Igreja Católica passava por um processo de grandes mudanças. Em 1964, ela jogou água benta nos tanques. Agora, crescia a consciência de que ser cristão era ser também contra o pecado da opressão social, contra o pecado de nada fazer diante da injustiça social; ser solidário com os pobres; lutar por um mundo mais justo. Não tinha mais essa de que “Deus quis que os pobres fossem submissos”. Era a Teologia da Libertação. A visita do papa João Paulo II ao Brasil, em 1980, foi interpretada como uma força para esse tipo de atitude de engajamento social dos católicos. Enquanto apoiou o regime, a Igreja foi elogiada. Bastou que uma parte dela (o chamado clero progressista) se voltasse contra as barbaridades do nosso capitalismo selvagem, para que logo a acusassem de “fazer politicagem”. Grandes figuras, como D. Hélder Câmara, D. Evaristo Arns e D. Pedro Casaldáliga, frei Betto e frei Leonardo Boff, defenderam os direitos humanos, denunciaram as injustiças sociais, exigiram que o governo mudasse suas atitudes. Organizada nas Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), a população católica ia se conscientizando. Descobria-se que o Evangelho não era uma mensagem para manter escravos, mas justamente o contrário, uma boa-nova de libertação, de libertação de toda a opressão, incluindo a opressão social. O homem deve ganhar o pão com o suor do seu rosto e, portanto, para que todos os que produzem o pão possam ter um pedaço justo desse pão, é preciso suar o rosto para transformar a sociedade no sentido da justiça cristã. E a justiça cristã não é apenas a da caridade, mas a do respeito aos direitos de todos. Não estamos fazendo propaganda da Teologia da Libertação, mas exprimindo algumas de suas idéias. Essa novidade seria importantíssima para compreender o Brasil contemporâneo: nos anos 80, diversos movimentos de operários e camponeses ergueram sua voz para exigir direitos. Um estudo de suas origens revelará que muitos deles nasceram das CPT (Comissões Pastorais da Terra) e das CEBs católicas.
O próprio movimento estudantil universitário renascia. Nas principais universidades do Brasil, o pessoal reorganizava as entidades representativas (Centros Acadêmicos, Diretórios Acadêmicos, Diretórios Centrais dos Estudantes). Esta geração do final dos anos 70 e começo dos 80 mostraria que a política ainda corria no sangue dos estudantes. Mas as coisas não eram fáceis. As faculdades ainda estavam cheias de agentes secretos do SNI infiltrados. E a tentativa de refazer a UNE, através de um encontro de estudantes na PUC-SP em 1977, foi desfeita com brutalidade pela polícia, que bateu tanto que uma menina ficou cega. Mesmo assim, em 1979, num Congresso emocionante na bela Salvador, a UNE estava recriada.
Entidades como a SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) - esta sob a liderança do dr. Raymundo Faoro - e intelectuais de prestígio se manifestavam contra o regime. A imprensa alternativa, representada pelos jornais O Pasquim, Movimento e Opinião, não descansava. A censura tinha sido abrandada no final do governo Geisel e, portanto, já havia um espaço para falar de coisas novas na política. Cada número novo de um desses jornais era lido com voracidade.
Em 1975, foi criado o MFA (Movimento Feminino pela Anistia), para que os presos políticos fossem soltos, os exilados pudessem voltar à pátria e os cassados recebessem justiça. Em 1978, foi criado o CBA (Comitê Brasileiro pela Anistia). 0 Brasil inteiro repudiava a tortura e a arbitrariedade. A saudosa Elis Regina emocionaria o país cantando o hino da anistia; O Bêbado e o Equilibrista. Outros cantores populares, como Chico Buarque e Milton Nascimento, compunham músicas com críticas sutis ao regime militar.
Como você vê, a oposição estava articulada: jornalistas, MDB, estudantes, Igreja Católica, intelectuais, movimento pela anistia. Mas as coisas não seriam tão fáceis assim.
A reação da extrema direita
A extrema direita respondeu com fogo. D. Adriano Hipólito, bispo de Nova Iguaçu (Rio de Janeiro), foi seqüestrado e espancado. Bombas explodiram na ABI (Associação Brasileira de Imprensa), e na Editora Civilização Brasileira. No mesmo ano (1976), o DOI-CODI invadiu a tal casa na Lapa e massacrou os ocupantes, todos da direção do PC do B, como já foi dito. Assim, as forças retrógradas deixavam claro que não aceitariam qualquer avanço democrático.
A situação ficou tensa. As forças democráticas avançavam, mas a direita replicava: 0 governo, irritado, se confundia, reprimia, vacilava. Era o impasse. Para onde iria o Brasil? A extrema direita teria mesmo o poder de barrar o povo? Quem decidiria o nosso futuro?
Os dias de medo pareciam eternos. Apesar de toda a articulação da sociedade, o regime autoritário dava a impressão de ser capaz de resistir por muito tempo. Seria uma muralha indestrutível? A violência talvez não terminasse nunca. Quem teria a capacidade de mudar a correlação de forças? Quem seria capaz de abalar decisivamente o regime? Haveria algum movimento social capaz de provocar a virada decisiva? As pessoas se entreolhavam angustiadas; e agora?
O movimento operário
Na década de 1970, o Brasil vivenciava um período de grandes tensões nos campos político e econômico. Por um lado, o governo controlado pelos militares exprimia uma estrutura de poder autoritária que desapontava os anseios de uma significativa parcela da população brasileira. Por outro, a economia enfrentava números alarmantes após a deflagração das duas crises petrolíferas que atingiram o mercado internacional em cheio.
Na passagem dos governos Giesel e Figueiredo, entre os anos de 1978 e 1979, várias medidas foram tomadas com o objetivo claro de estabelecer o gradual fim do regime militar. Aproveitando dessa situação, vários metalúrgicos da região do ABC paulista organizaram uma enorme paralisação que reivindicava o reajuste dos salários de acordo com a variação dos índices inflacionários. Nesse momento, após vários anos de forte repressão, a classe trabalhadora parecia se rearticular.
Novos partidos
Figueiredo decretou que Arena e o MDB não poderiam existir mais. Agora, teriam de ser criados novos partidos.
Os homens da Arena rapidamente criaram o Partido Democrático Social (PDS). Portanto, o partido que apoiava o regime militar passava a ser o PDS .
O Partido Democrático Social (PDS) foi um partido político brasileiro de direita fundado em 1980 logo após o fim do sistema bipartidário que vigeu durante o Regime Militar de 1964 no bojo de uma reforma partidária ocorrida no governo João Figueiredo. Herdeiro e sucessor da ARENA, foi extinto em 1993 após seus integrantes terem aprovado sua fusão com o PDC para criar o Partido Progressista Reformador. De uma dissidência nos quadros do PDS surgiu o Partido da Frente Liberal, o (PFL), hoje o atual Democratas (DEM) em meados dos anos oitenta.Posteriormente o Partido Progressista Reformador mudaria para Partido Progressista Brasileiro (PPB) e numa nova mudança se tornaria o atual Partido Progressista, o (PP).
Diretas já
Tão logo foram empossados os governadores eleitos em 1982 começaram os debates em torno da sucessão do presidente João Figueiredo e a ausência de um nome de consenso nas hostes do PDS denotava fissuras na agremiação governista, pois já em sua mensagem de fim de ano o Presidente da República abdicou de coordenar os debates em torno do assunto e remeteu a questão ao partido e nisso surgiram nomes como os do vice-presidente Aureliano Chaves, do Ministro do Interior Mário Andreazza, do senador Marco Maciel e do deputado federal Paulo Maluf, cada qual trazendo consigo uma porção considerável do PDS.
A oposição por sua vez agiu de maneira diversa ao inserir em sua agenda o restabelecimento das eleições diretas para Presidente da República sendo que o primeiro ato dessa campanha ocorreu no município pernambucano de Abreu e Lima em 31 de março de 1983, dia em que o Regime Militar de 1964 completava dezenove anos. Convocada por políticos do PMDB a manifestação havida no Nordeste resultou em um manifesto divulgado em São Paulo em 26 de novembro do mesmo ano quando os dez governadores da oposição (nove do PMDB e um do PDT) exigindo o restabelecer das eleições diretas para Presidente da República.
No dia seguinte um comício pró-Diretas se realizou na capital paulista reunindo dez mil pessoas após uma convocação feita pelo PT, fato que se repetiria entre janeiro e abril de 1984 num evento que passaria à história como o movimento das Diretas Já, frustrado pela rejeição da emenda Dante de Oliveira em 25 de abril de 1984 apesar de a proposta contar com um apoio significativo dentro do próprio PDS, contudo nem mesmo esse fato arrefeceu os debates em torno da questão sucessória.
Ciente dos riscos que se avizinhavam em razão de tamanha fragmentação o senador José Sarney propôs a realização de prévias para a escolha do candidato governista, proposta logo rechaçada pelos malufistas que a interpretaram como uma tentativa de inviabilizar a candidatura do líder, fato que levou Sarney a deixar a presidência do PDS e dias depois abandonar o partido, no que foi seguido pelo também senador Jorge Bornhausen.
Cerca de dez dias mais tarde os governadores do PMDB e mais Leonel Brizola do PDT anunciaram apoio ao nome de Tancredo Neves como candidato oposicionista na disputa do Colégio Eleitoral, (que havia sido eleito nas eleições de 1978 e que se compunha do Congresso Nacional e representantes das assembléias legislativas), ao passo que no PDS houve a retirada dos nomes de Aureliano Chaves e Marco Maciel da disputa, o que deixou Paulo Maluf e Mário Andreazza como postulantes à vaga de candidato, todavia a vitória de Maluf fez com que os adversários migrassem em peso para a cidadela oposicionista.
Após um acordo firmado entre o PMDB e a dissidência Frente Liberal do PDS ficou estabelecido que Tancredo Neves seria o canditado a presidente e José Sarney (ex-Arena, deixa o PDS para se filiar ao PMDB) seria o candidato a vice-presidente.
Tancredo foi lançado candidato por ser aceito por grande parte dos militares e tido como moderado. Essa moderação porém era alvo de críticas do PT que não aceitava o colégio eleitoral. Sob sua moderação Tancredo dizia:
’’ Se é mineiro não é radical, se é radical não é mineiro’’
A eleição de Tancredo
Tancredo de Almeida Neves (São João del-Rei, 4 de março de 1910 — São Paulo, 21 de abril de 1985) foi um político brasileiro.
Em 15 de janeiro de 1985 foi eleito presidente do Brasil pelo voto indireto de um colégio eleitoral, mas adoeceu gravemente as vésperas da posse e morreu sem ter sido empossado.Os verdadeiros motivos da sua morte permanecem por explicar. Porém por lei, deve figurar em todas as galerias de presidentes do Brasil. Tancredo foi o último mineiro a ser eleito presidente do Brasil.
Foi casado com Risoleta Guimarães Tolentino, com quem teve três filhos. Recebeu o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade de Coimbra. Era chamado por seus próximos por "Doutor Tancredo". É avô de Aécio Neves, atual governador de Minas Gerais.
Durante a República Velha fez oposição a Artur Bernardes, sendo um antibernadista. São João del Rey era uma das poucas cidades em que Bernardes não ganhava.
Foi lançado na política pelo líder municipal Augusto Viegas do qual sempre guardou gratidão.
Quando perguntado, pela revista Pasquim, sobre sobre os partidos políticos ao qual pertenceu, explicou que escolheu partido político como todos fazem em Minas Gerais, por questões municipais.
Filiado ao Partido Progressista, após a Revolução de 1930, não pôde viabilizar sua candidatura a deputado estadual, em 1934, mas, em 1935, foi eleito vereador em São João del-Rei chegando à presidência da Câmara Municipal, quando chegou a assumir a prefeitura municipal interinamente.
Sarney
Ingressou na vida pública na década de 1950. Foi deputado federal em 1955. É portanto o parlamentar mais antigo ainda em atividade no Congresso Nacional.
Ao longo de sua carreira política, foi diversas vezes deputado, foi governador do Maranhão entre 1966 e 1971, senador pelo Maranhão entre 1971 e 1985 e Presidente da República de 1985 a 1990. Já integrou a UDN, foi líder do governo Jânio Quadros na Câmara dos Deputados, foi presidente da ARENA e do PDS, e posteriormente filiou-se ao PMDB.
Na sua posse como governador do estado do Maranhão, em 30 de janeiro de 1966, o cineasta Glauber Rocha produziu o documentário Maranhão 66, que mesclava cenas da posse com cenas do povo maranhense. Posteriormente, José Sarney rejeitou o trabalho de Glauber, que era seu amigo pessoal. Ficou no cargo por quatro anos.
Para a eleição presidencial de 1985, a Frente Liberal (dissidência do PDS) indicou-o para compor, como candidato a vice-presidente, a chapa da Aliança Democrática, encabeçada por Tancredo Neves[3].
Após deixar a presidência, em 1990, Sarney continuou sua trajetória política como senador, agora pelo estado do Amapá. Foi presidente do Senado Federal de 1995 a 1997 e de 2003 a 2005, cargo que ocupa novamente desde 2 de fevereiro de 2009. Cumpre ressaltar que o presidente do Senado é concomitantemente o presidente do Congresso Nacional.
José Sarney é pai de Roseana Sarney, atual governadora do Maranhão, do deputado federal Sarney Filho e do empresário Fernando José Sarney. A família controla o conglomerado Sistema Mirante de Comunicação, dono de três emissoras e dezenas de retransmissoras de televisão Rede Mirante (afiliadas à Rede Globo), seis emissoras de rádio (Rádio Mirante AMs e FMs e o jornal O Estado do Maranhão.[4]
Presidência da República
Sarney foi eleito vice-presidente da República na chapa de Tancredo Neves, por eleição indireta, superando a chapa do candidato Paulo Maluf. Assumiu a presidência, como vice-presidente, em 15 de março de 1985, diante do adoecimento de Tancredo Neves. Com o falecimento de Tancredo em 21 de abril, tornou-se o titular do cargo de presidente da República.
Sua posse foi tensa pois havia dúvidas constitucionais sobre se era Sarney ou o presidente da Câmara dos Deputados, Ulysses Guimarães, quem deveria assumir a presidência da República. Foi decisivo para sua posse o apoio do general Leônidas Pires Gonçalves indicado por Tancredo Neves para Ministro do exército que apoiou a posse de Sarney.
Seu mandato caracterizou-se pela consolidação da democracia brasileira, mas também por uma grave crise econômica, que evoluiu para um quadro de hiperinflação histórica e moratória.
Também se notabilizaram as acusações de corrupção endêmica em todas as esferas do governo, sendo o próprio Presidente José Sarney denunciado, embora as acusações não tenham sido levadas à frente pelo Congresso Nacional. Foi período entre 1987 a 1989, que eclodia a crise política, aliada a cise econômica. Foram citadas suspeitas de superfaturamento e irregularidades em concorrências públicas, como a da licitação da Ferrovia Norte-Sul, que voltou ser construída a partir de 2004, no Governo Lula.
O Plano Cruzado
Na área econômica, o governo Sarney adotou uma política considerada heterodoxa. Entre as medidas de maior destaque estão o Plano Cruzado, em 1986: congelamento geral de preços por doze meses, e a adoção do "gatilho salarial" (reajuste automático de salários sempre que a inflação atingia ou ultrapassava os 20%).
O Plano Cruzado a princípio teve efeito na contenção dos preços e no aumento do poder aquisitivo da população. Milhares de consumidores passaram a fiscalizar os preços no comércio e a denunciar as remarcações, ficando conhecidos como "fiscais do Sarney".
No decorrer do ano o Cruzado foi perdendo sua eficiência, com uma grave crise de abastecimento, a cobrança de ágio disseminada entre fornecedores e a volta da inflação. O governo manteve o congelamento até as eleições estaduais de 1986, tentando obter os maiores dividendos políticos possíveis do plano.
Moratória e novos planos econômicos
A estratégia eleitoral rendeu ao PMDB sucesso nas eleições de governador em 22 dos 23 estados brasileiros. A economia, no entanto, não resistiu ao controle estatal sobre a inflação, ao mesmo tempo em que o governo não era capaz de conter gastos. Foi lançado o Plano Cruzado II, sem que a situação melhorasse. Esse processo culminou com a decretação da moratória, em 20 de janeiro de 1987, decisão considerada altamente controversa.
Sucederam-se os Planos Bresser e Verão, sem sucesso no combate à escalada inflacionária. No fim do governo Sarney, o Brasil mergulha numa crise: entre fevereiro de 1989 e março de 1990, a inflação chega a 2.751%.
Eleições e Constituinte
Sarney notabilizou-se pela sua condução do processo de redemocratização do país. Em 1985 realizaram-se eleições diretas para prefeito das capitais, as primeiras em vinte anos.
Em 1986 ocorreram as eleições para a Assembléia Nacional Constituinte, a qual promulgou uma nova constituição em 5 de outubro de 1988. Foram legalizados todos os partidos políticos até então clandestinos e extinta a censura prévia.
Foram realizadas eleições diretas para Presidente da República em 1989, as primeiras em 29 anos. José Sarney foi sucedido na Presidência por Fernando Collor de Mello.
Após a Presidência
Após a transmissão do cargo de Presidente a Fernando Collor de Melo, em 1990, Sarney transferiu seu domicílio eleitoral para o recém-criado estado do Amapá, antigo território, e candidatou-se e venceu no Senado Federal no mesmo ano.
Segundo denúncias de imprensa da época, a transferência de domicílio eleitoral se ser eleito, seria para impedir que Collor entrasse processo para vasculhar irregularidades durante a presidência, que dois anos mais tarde era afastado pelo mesmo motivo. Sarney reelegeu no Senado em 1998 e 2006 e desde então, é representante do Amapá no Senado há quase vinte anos.
Nas eleições de 2006, embora com o mais alto índice de rejeição dentre os candidatos ao Senado pelo Amapá nas pesquisas pré-eleitorais, Sarney venceu o pleito e manteve-se no Senado Federal com 53,8% dos votos válidos, contra 43,5% da segunda colocada, Maria Cristina Almeida (PSB), e 1,2% da terceira colocada, Celisa Capelari (PSOL).
Em sua atividade legislativa, Sarney tradicionalmente apoiou o governo, como fez na época do presidente João Goulart antes do golpe militar. Posteriormente, integrou-se à Aliança Renovadora Nacional após o golpe de 1964. Na década de 1980, Sarney, juntamente com políticos do PDS, como Antônio Carlos Magalhães e Marco Maciel, deixou o governo para fundar a Frente Liberal (atual DEM) e foi candidato a vice-presidente na chapa de Tancredo Neves. Anos depois, após o impeachment do presidente Fernando Collor de Mello, Sarney aliou-se ao sucessor, Itamar Franco.
Posteriormente, foi aliado do presidente Fernando Henrique Cardoso, elegendo-se Presidente do Senado com seu apoio, e hoje é aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em 2 de fevereiro de 2009, foi eleito e tomou posse como Presidente do Senado Federal do Brasil, pela terceira vez. Sarney foi eleito com 49 dos 81 votos dos senadores, derrotando o adversário do PT, Tião Viana.
Capítulo 19 - O Mundo Contemporâneo
Ronald Reagan, ator estadunidense, apoiou o macartismo nos anos 50 e, nos 80, se tornou presidente dos Estados Unidos da América. Implementou uma série de iniciativas econômicas ousadas e novas políticas. Passava a impressão de preocupado com a liberdade individual, espírito empreendedor e oportunidades do capitalismo e prometia que os EUA voltariam a ser a única potência planetária. Ele diminuiu impostos cobrados dos ricos para que tivessem mais capital disponível para investir. Investiu também nos armamentos, diminuindo a taxa de desemprego, o que agradou a população. Reagan trouxe a política do “Big Stick” à tona novamente e intervinha constantemente na política de outros países. Recusou-se a boicotar o governo racista da África do sul e praticamente voltou à guerra fria.
Em 1988, George Bush foi eleito presidente dos Estados Unidos. Procurava dar continuidade aos projetos de Reagan. A URSS estava em “fase terminal”. Em 1991, a URSS deixou de existir.
Antes de seu fim, a União Soviética teve vários presidentes. Depois da morte de Stálin, assumiu Kruschev. Ele acusou o culto à personalidade de Stálin e o acusou de ser ditador. Liberou os presos políticos e abrandou a censura à mídia. Depois de Kruschev, assumiu Brejnev. Havia uma forte repressão política. Aqueles que desafiavam a censura podiam ser presos ou até mesmo internados em hospitais psiquiátricos.
A partir dos anos 70, a economia da união soviética estava praticamente estagnada. Isso afetava o cotidiano dos soviéticos, que demoravam horas para conseguir comprar certos produtos. As pessoas ficaram cada vez mais insatisfeitas. A população não confiava mais no socialismo.
Depois da morte de Brejnev, em 1982, assumiram, por pouco tempo, Andropov e Chernenko. Finalmente, em 1985, assumiu Mikhail Gorbatchev. A população soviética almejava um padrão de vida semelhante ao europeu. Gorbatchev acreditava que o socialismo democrático poderia ser bem sucedido. Ele libertou os presos políticos, acabou com a censura e permitiu que outras forças políticas se organizassem. O processo de abertura para a democracia foi chamado de glasnost.
Mikhail Gorbatchev iniciou a “Perestroika”: Reconstrução da economia e da sociedade. As empresas estatais ganharam mais autonomia e permitiu-se a criação de pequenas empresas privadas. Ele também conseguiu diminuir a tensão nacional e para alguns, ele estava fazendo com que o socialismo voltasse a merecer respeito internacional. Apesar do sucesso de Gorbatchev, a URSS ia de mal a pior. As reformas haviam falhado e economia estava estagnada. A população se rebelava, principalmente os povos submetidos aos russos. Houve até tentativa de golpe de estado, porém o povo não permitiu. As repúblicas bálticas decretaram independência. Logo depois, a Ucrânia. Foi na noite de natal de 1991 que Gorbatchev decretou o fim da URSS e renunciou.
Para Yeltsin, presidente da Rússia, o país devia se tornar capitalista. Ele ordenou o bombardeamento do parlamento, matando aproximadamente 300 pessoas.
A Iugoslávia era um país socialista do leste europeu. Vários povos diferentes vivam nela. Mas a morte de Tito (presidente comunista da Iugoslávia), a perda de popularidade do comunismo e a queda do leste europeu levaram à implosão da Iugoslávia. As repúblicas iugoslavas ricas não queriam estar unidas às pobres. A Sérvia queria se impor sobre as outras repúblicas. Em 1991, Eslovênia e Croácia proclamaram independência. A Sérvia atacou a Bósnia-Hezergovina brutalmente. Milhares de mortes. Houve massacre de civis, torturas e roubos. Na Iugoslávia, o socialismo não existia mais. Em 1999, a população albanesa que vivia em Kosovo pedia pela independência. A Sérvia recusou-se, mas foi bombardeada até ceder.
Os governantes retornaram ao capitalismo. As empresas estatais foram •vendidas e compradas por investidores estrangeiros, mafiosos e até mesmo ex-políticos corruptos. O governo havia perdido a autoridade e uma enorme onda de crime surgiu.
Houve progresso econômico nos países ex-socialistas, sobretudo nas capitais. Porém, a miséria e o desemprego vieram à tona, o que não existia com o socialismo. A Rússia caiu de potência nacional a situação catastrófica. A miséria na Rússia se tornou visível... Alguns países do leste europeu progrediram. O até então presidente da Rússia, Yeltsin renunciou, acusado de corrupção. Assumiu, em 2000, Vladimir Putin.
Na China, aumentou-se o comercio com o ocidente e permitiu-se a instalação de multinacionais. Comunas rurais foram desmontadas e surgiram inúmeras empresas privadas. Cresceu o desemprego e a inflação e surgiram favelas. O partido comunista continuava sendo absoluto e não se podia contestar. Rebeliões foram controladas por tanques, soldados e prisões.
A passagem do século XX para o XXI caracterizou-se pela globalização e interligação econômica entre os países. A igreja perdeu poder em considerar o que é certo e o que é errado.
A concorrência capitalista descontrolada havia provocado uma superprodução. Por esse motivo, Keynes, economista inglês, passou a defender a tese de que o estado deve intervir na economia paras evitar e controlar crises. Quando a segunda guerra terminou as idéias keynesianas foram bem-sucedidas. Porém as crises de 1973 e do início dos anos 80 mostraram que apenas as medidas keynesianas não bastavam. Surgiram então várias críticas abertas ao keynesianismo e vários economistas passaram a defender a volta do livre mercado, um novo liberalismo econômico, o chamado neoliberalismo.
Os primeiros países a empregar o neoliberalismo foram os EUA (presidentes Ronald Reagan e George Bush) e o Reino Unido. As principais medidas são:
•Privatização da economia: As empresas estatais são substituídas por privadas.
•Liberação do mercado: Elimina-se todas as leis que atrapalham o comércio.
•Antinacionalismo: A Ajuda do governo na economia não é bem vinda.
•Menos Impostos: Os banqueiros e empresários pagam menos impostos.
•Corte nos gastos públicos: Pois evita a inflação e a dívida externa.
Nos anos 80 e 90, grande parte dos países adotaram o neoliberalismo. A economia voltou a crescer, as tecnologias aumentaram, os lucros subiram. Porém, também teve um lado negativo: as crises não foram evitadas, houve uma grande concentração de renda, aumento do desemprego.
Nos anos 90 passou-se a falar da “terceira via”. As reformas econômicas seriam mantidas, porém o governo deveria conservar os direitos sociais. Houve o apoio da população e a “terceira via” foi implantada.
Com o fim da URSS e o fim da disputa Capitalismo vs. Socialismo, a criação de grandes blocos econômicos virou tendência. Em 1992, o tratado de Maastricht consolidou a união européia. A união européia aproximou a economia dos países da Europa ocidental e levou à criação de um parlamento europeu. A América do norte também organizou um bloco econômico: o Nafta (Canadá, México e Estados Unidos). O Brasil, a Argentina e o Paraguai formaram o Mercosul.
O fim da URSS foi decisivo para o fim do regime racista na África do sul. Os Estados unidos temiam que os países da África viessem a se tornar socialistas, porém, com o enfraquecimento do socialismo, não havia o que temer. Em 1994 Nelson Mandela se tornou presidente. Foi o fim do governo racista da África.
Os Palestinos e Israel chegaram a um acordo de paz em 1994: Os palestinos reconheceram a existência de Israel e Israel concordou em desocupar território para a criação do estado nacional palestino.
Movimentos direitistas cresceram junto com a globalização: Pregam a intolerância religiosa, nacional, racial. Muitos neofascistas agridem negros, judeus, imigrantes, homossexuais. Vários candidatos de direita se candidataram na Europa e ficaram bem próximos da vitória. Vários estudantes fizeram passeatas como protesto.
Nos anos 80 e 70, alguns historiadores afirmaram que estamos vivendo a pós-modernidade. Na modernidade, o capitalismo alcançou seu apogeu com o avanço capitalista e da civilização industrial. Já na pós-modernidade, o setor terciário supera o secundário. Ninguém acredita mais em movimentos coletivos.
Com a eleição de Tancredo Neves e a posse de José Sarney, começava a nova república. O regime militar havia terminado. A constituição de 1988 expressava as mudanças da época. Elegeu-se uma assembléia constituinte, dividida em “centrão” e bloco progressista. O centrão reunia políticos de direita e centro-direita. O bloco progressista era formado por políticos de esquerda.
A constituição de 1988 é a mais democrática das que o Brasil já teve. Ela apresenta garantia maior dos direitos humanos, proibição da pena de morte e tortura, igualdade de direitos entre homens e mulheres, fim da censura, eleições em dois turnos, mandato de quatro anos para presidente, governadores e prefeitos.
Depois de quase três décadas, os brasileiros finalmente voltaram a escolher o novo presidente da Republica.
Inicialmente, parecia que os dois mais votados seriam Lula ( PT ) e Brizola ( PDT ). Até que surgiu Fernando Collor de Mello. Collor vinha de uma família tradicional na política.
Quando era governador alagoano, Collor ganhou as páginas dos jornais do país porque se recusou a pagar os salários dos “marajás”. Eles eram funcionários públicos que recebiam salários altíssimos. Quando se tornou candidato à Presidência da República, apareceu como o “caçador de marajás”, como o homem que iria acabar com os privilégios e a corrupção.
A maior parte dos brasileiros viu em Collor o “salvador da pátria”. Surpreendentemente, disparou na preferência do eleitorado e ficou em primeiro lugar no primeiro turno. A eleições seriam decididas entre Collor e Lula ( segundo colocado do 1º turno ).
Inicialmente as pesquisas indicavam uma vitória tranqüila de Collor. Mas o primeiro debate foi vencido por Lula, o “candidato popular”. As pesquisas apontaram o crescimento da preferência por Lula.
Grandes empresários anunciaram que, se Lula fosse presidente, partiriam do Brasil e assim a economia do país ficaria arrasada.
O último debate foi realizado na madrugada de domingo para segunda-feira. A maioria das pessoas só assistiu aos “melhores momentos” transmitidos pela Rede Globo no Jornal Nacional, na noite seguinte. O compacto da Globo tinha sido impressão de que Collor tinha arrasado Lula no debate. Uma manipulação dos fatos.
No final, Collor venceu as eleições.
Durante a campanha, Collor assustava os eleitores dizendo que, se Lula fosse eleito, confiscaria o dinheiro da poupança. Assim que assumiu a Presidência, Collor tomou o dinheiro das cadernetas de poupança.
O objetivo era fazer com que o governo tivesse dinheiro para pagar suas contas. A outra idéia era fazer com que o dinheiro fosse valorizado, o que combatia a inflação. Sem o dinheiro da poupança, comprariam menos, a demanda cairia e com isso os preços também cairiam. A inflação caiu, mas continuava alta. Muitos faliram. Com a diminuição das vendas, lojas quebraram, fábricas faliram ou demitiram em massa.
Collor cumpriu uma de suas promessas de campanha: introduzir o neoliberalismo no Brasil. No governo dele as empresas estatais começaram a ser privatizadas. Collor também reduziu as tarifas alfandegárias e estimulou as importações, diminuiu o pagamento das aposentadorias. O corte nos gastos do Estado com assistência social. O governo brasileiro continuava tendo uma importante função econômica. Essa era exatamente uma grande brecha para a corrupção que envolveu Paulo César (PC) Farias, ex-tesoureiro de Fernando Collor de Mello.
De acordo com denuncias da imprensa e de políticos de oposição da época, durante o governo de Collor as coisas teriam sido simplificadas. Só teria apoio do governo quem pagasse por fora para o PC Farias.
Collor foi à televisão falar mal de seus opositores. Então, milhares de pessoas foras às ruas e praças exigir o impeachment (impedimento, perda de cargo) de Collor.
Para não sofrer o impeachment Collor renunciou ao cargo de presidente da República. Em seguida, o Senado cassou seus direitos políticos por oito anos (conforme o previsto pela Constituição).
O vice-presidente era Itamar Franco. Ele tinha fama de político honesto e independente. Itamar teve pouco tempo para governar. Continuou a política de privatizações de Collor.
Seu ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, deu inicio ao célebre Plano Real. Foi criada uma nova moeda (o real), com valor bem próximo ao do dólar.
O Plano Real foi muito bem-sucedido. A inflação praticamente desapareceu. A estabilidade econômica permitiu que os mais pobres pudessem comprar bens em prestações. Ou seja, houve uma melhora na distribuição de renda. A produção econômica se ampliou. A estabilidade alcançada, as privatizações e os incentivos do governo (cancelando a cobrança de impostos, construindo obras de infra-estrutura) atraíram bilhões de dólares de investimentos estrangeiros.
Com tamanho sucesso do plano, FHC não teve dificuldade de se eleger presidente da República ainda no primeiro turno, em 1994.
No governo, continuou a privatizar as empresas estatais. Até a Companhia Vale do Rio Doce (a maior mineradora do mundo) foi vendida para particulares. O governo alegou que a privatização era necessária para se dedicar aos seus reais objetivos: saúde e educação. Ele concorreu novamente a presidência e mais uma vez derrotou Lula no primeiro turno.
A Crise econômica na Ásia gerou mudanças no curso do Plano Real. A moeda foi desvalorizada, caíram as importações, porém, melhoraram as exportações. A dívida externa quase triplicou. No ano de 2000 comemoram-se os 500 anos do descobrimento do Brasil.
A população aumentou e as indústrias cresceram. Em 2001, o país foi obrigado a racionar energia.
As melhores universidades brasileiras são públicas, nos últimos anos os governos reduziram demais as verbas para as universidades públicas. Analistas defendem a privatização das universidades públicas. O ensino universitário ficaria nas mãos de empresários particulares e os alunos pobres poderiam estudar com bolsas de estudos fornecidas pelo governo.
Em 2002 as situações difíceis da economia mundial atingiram o Brasil. Nas eleições destacaram-se quatro candidatos principais: Luís Inácio Lula da Silva (do PT), José Serra (do PSDB), Ciro Gomes ( do PPS) e Anthony Garotinho (do PSB).
A imprensa não parava de noticiar os escândalos de corrupção que envolve altas figuras da República. A má conduta não ocorreu apenas no poder Judiciário.
No dia 11 de setembro de 2001, terroristas assumiram o controle de aviões de passageiros que aterrissavam no aeroporto de Nova York. Desviaram a rota dos aviões Boeing e acertaram os dois maiores prédios da cidade, símbolo do poderio capitalista norte-americano: as torres gêmeas do Word Trade Center. O mundo assistiu estarrecido às imagens. Quase cinco mil pessoas morreram.
Bush Jr. Tornou-se presidente em 2000. Nos EUA o voto não era eletrônico e houve fortes suspeitas de fraude eleitoral. Ele era conservador, a virgindade de rapazes e moças até o dia do casamento, propôs que as escolas fossem divididas por sexo.
De acordo com os cientistas a temperatura do planeta está aumentando. Os países mais destacados do mundo concordaram em reduzir os níveis de poluição. A única exceção são os EUA, culpados por 25% da poluição total do planeta. Bush Jr. Argumentou que não podia prejudicar os lucros das empresas capitalistas norte-americanas.
Bush Jr. Reforçou a desconfiança do mundo quando anunciou a retomada do Projeto Guerra nas Estrelas. Trata-se da construção de um gigantesco escudo protetor espacial para impedir que os mísseis inimigos atinjam o território americano.
Os mulçumanos são os seguidores de uma religião chamada islamismo. Eles acreditam em um único Deus (que em árabe é chamado de Allah) e seguem as recomendações do profeta Mohammed (Maomé) no Alcorão (Livro Sagrado). O islamismo surgiu entre os povos árabes.
Existem governos de países árabes muçulmanos que cultivam boas relações com os EUA. É o caso do Kuwait e da Arábia Saudita.
Os EUA já bombardearam a Líbia e o Iraque. Mas os Fundamentalistas islâmicos sabem que não tem chance de destruir os EUA ou Israel. Optaram por praticar atentados terroristas. Bin Laden, que foi acusado de ter organizado o atentado em Nova York não é um chefe guerrilheiro nem um líder político de esquerda. Ele é um milionário que defende um regime de governo autoritário no qual a reforma agrária é proibida e as mulheres devem total obediência aos homens.
O governo norte-americano decidiu atacar o Afeganistão. Bin Laden morava no Afeganistão e foi protegido pelos talebãs. Em outubro de 2001, forças dos EUA e da Inglaterra iniciaram o bombardeio ao Afeganistão. Chamaram isso de “Guerra contra o Terror”. O ataque terrorista assassinou milhares de inocente em Nova York. O ataque dos EUA e da Inglaterra assassinou milhares de inocentes no Afeganistão.
Na cidade de Porto Alegre (RS), o século XXI se abriu com duas grandes conferencias (2001 e 2002) do Fórum Social Mundial.
O que deve ficar em destaque não é a economia, mas o social.
Em 1988, George Bush foi eleito presidente dos Estados Unidos. Procurava dar continuidade aos projetos de Reagan. A URSS estava em “fase terminal”. Em 1991, a URSS deixou de existir.
Antes de seu fim, a União Soviética teve vários presidentes. Depois da morte de Stálin, assumiu Kruschev. Ele acusou o culto à personalidade de Stálin e o acusou de ser ditador. Liberou os presos políticos e abrandou a censura à mídia. Depois de Kruschev, assumiu Brejnev. Havia uma forte repressão política. Aqueles que desafiavam a censura podiam ser presos ou até mesmo internados em hospitais psiquiátricos.
A partir dos anos 70, a economia da união soviética estava praticamente estagnada. Isso afetava o cotidiano dos soviéticos, que demoravam horas para conseguir comprar certos produtos. As pessoas ficaram cada vez mais insatisfeitas. A população não confiava mais no socialismo.
Depois da morte de Brejnev, em 1982, assumiram, por pouco tempo, Andropov e Chernenko. Finalmente, em 1985, assumiu Mikhail Gorbatchev. A população soviética almejava um padrão de vida semelhante ao europeu. Gorbatchev acreditava que o socialismo democrático poderia ser bem sucedido. Ele libertou os presos políticos, acabou com a censura e permitiu que outras forças políticas se organizassem. O processo de abertura para a democracia foi chamado de glasnost.
Mikhail Gorbatchev iniciou a “Perestroika”: Reconstrução da economia e da sociedade. As empresas estatais ganharam mais autonomia e permitiu-se a criação de pequenas empresas privadas. Ele também conseguiu diminuir a tensão nacional e para alguns, ele estava fazendo com que o socialismo voltasse a merecer respeito internacional. Apesar do sucesso de Gorbatchev, a URSS ia de mal a pior. As reformas haviam falhado e economia estava estagnada. A população se rebelava, principalmente os povos submetidos aos russos. Houve até tentativa de golpe de estado, porém o povo não permitiu. As repúblicas bálticas decretaram independência. Logo depois, a Ucrânia. Foi na noite de natal de 1991 que Gorbatchev decretou o fim da URSS e renunciou.
Para Yeltsin, presidente da Rússia, o país devia se tornar capitalista. Ele ordenou o bombardeamento do parlamento, matando aproximadamente 300 pessoas.
A Iugoslávia era um país socialista do leste europeu. Vários povos diferentes vivam nela. Mas a morte de Tito (presidente comunista da Iugoslávia), a perda de popularidade do comunismo e a queda do leste europeu levaram à implosão da Iugoslávia. As repúblicas iugoslavas ricas não queriam estar unidas às pobres. A Sérvia queria se impor sobre as outras repúblicas. Em 1991, Eslovênia e Croácia proclamaram independência. A Sérvia atacou a Bósnia-Hezergovina brutalmente. Milhares de mortes. Houve massacre de civis, torturas e roubos. Na Iugoslávia, o socialismo não existia mais. Em 1999, a população albanesa que vivia em Kosovo pedia pela independência. A Sérvia recusou-se, mas foi bombardeada até ceder.
Os governantes retornaram ao capitalismo. As empresas estatais foram •vendidas e compradas por investidores estrangeiros, mafiosos e até mesmo ex-políticos corruptos. O governo havia perdido a autoridade e uma enorme onda de crime surgiu.
Houve progresso econômico nos países ex-socialistas, sobretudo nas capitais. Porém, a miséria e o desemprego vieram à tona, o que não existia com o socialismo. A Rússia caiu de potência nacional a situação catastrófica. A miséria na Rússia se tornou visível... Alguns países do leste europeu progrediram. O até então presidente da Rússia, Yeltsin renunciou, acusado de corrupção. Assumiu, em 2000, Vladimir Putin.
Na China, aumentou-se o comercio com o ocidente e permitiu-se a instalação de multinacionais. Comunas rurais foram desmontadas e surgiram inúmeras empresas privadas. Cresceu o desemprego e a inflação e surgiram favelas. O partido comunista continuava sendo absoluto e não se podia contestar. Rebeliões foram controladas por tanques, soldados e prisões.
A passagem do século XX para o XXI caracterizou-se pela globalização e interligação econômica entre os países. A igreja perdeu poder em considerar o que é certo e o que é errado.
A concorrência capitalista descontrolada havia provocado uma superprodução. Por esse motivo, Keynes, economista inglês, passou a defender a tese de que o estado deve intervir na economia paras evitar e controlar crises. Quando a segunda guerra terminou as idéias keynesianas foram bem-sucedidas. Porém as crises de 1973 e do início dos anos 80 mostraram que apenas as medidas keynesianas não bastavam. Surgiram então várias críticas abertas ao keynesianismo e vários economistas passaram a defender a volta do livre mercado, um novo liberalismo econômico, o chamado neoliberalismo.
Os primeiros países a empregar o neoliberalismo foram os EUA (presidentes Ronald Reagan e George Bush) e o Reino Unido. As principais medidas são:
•Privatização da economia: As empresas estatais são substituídas por privadas.
•Liberação do mercado: Elimina-se todas as leis que atrapalham o comércio.
•Antinacionalismo: A Ajuda do governo na economia não é bem vinda.
•Menos Impostos: Os banqueiros e empresários pagam menos impostos.
•Corte nos gastos públicos: Pois evita a inflação e a dívida externa.
Nos anos 80 e 90, grande parte dos países adotaram o neoliberalismo. A economia voltou a crescer, as tecnologias aumentaram, os lucros subiram. Porém, também teve um lado negativo: as crises não foram evitadas, houve uma grande concentração de renda, aumento do desemprego.
Nos anos 90 passou-se a falar da “terceira via”. As reformas econômicas seriam mantidas, porém o governo deveria conservar os direitos sociais. Houve o apoio da população e a “terceira via” foi implantada.
Com o fim da URSS e o fim da disputa Capitalismo vs. Socialismo, a criação de grandes blocos econômicos virou tendência. Em 1992, o tratado de Maastricht consolidou a união européia. A união européia aproximou a economia dos países da Europa ocidental e levou à criação de um parlamento europeu. A América do norte também organizou um bloco econômico: o Nafta (Canadá, México e Estados Unidos). O Brasil, a Argentina e o Paraguai formaram o Mercosul.
O fim da URSS foi decisivo para o fim do regime racista na África do sul. Os Estados unidos temiam que os países da África viessem a se tornar socialistas, porém, com o enfraquecimento do socialismo, não havia o que temer. Em 1994 Nelson Mandela se tornou presidente. Foi o fim do governo racista da África.
Os Palestinos e Israel chegaram a um acordo de paz em 1994: Os palestinos reconheceram a existência de Israel e Israel concordou em desocupar território para a criação do estado nacional palestino.
Movimentos direitistas cresceram junto com a globalização: Pregam a intolerância religiosa, nacional, racial. Muitos neofascistas agridem negros, judeus, imigrantes, homossexuais. Vários candidatos de direita se candidataram na Europa e ficaram bem próximos da vitória. Vários estudantes fizeram passeatas como protesto.
Nos anos 80 e 70, alguns historiadores afirmaram que estamos vivendo a pós-modernidade. Na modernidade, o capitalismo alcançou seu apogeu com o avanço capitalista e da civilização industrial. Já na pós-modernidade, o setor terciário supera o secundário. Ninguém acredita mais em movimentos coletivos.
Com a eleição de Tancredo Neves e a posse de José Sarney, começava a nova república. O regime militar havia terminado. A constituição de 1988 expressava as mudanças da época. Elegeu-se uma assembléia constituinte, dividida em “centrão” e bloco progressista. O centrão reunia políticos de direita e centro-direita. O bloco progressista era formado por políticos de esquerda.
A constituição de 1988 é a mais democrática das que o Brasil já teve. Ela apresenta garantia maior dos direitos humanos, proibição da pena de morte e tortura, igualdade de direitos entre homens e mulheres, fim da censura, eleições em dois turnos, mandato de quatro anos para presidente, governadores e prefeitos.
Depois de quase três décadas, os brasileiros finalmente voltaram a escolher o novo presidente da Republica.
Inicialmente, parecia que os dois mais votados seriam Lula ( PT ) e Brizola ( PDT ). Até que surgiu Fernando Collor de Mello. Collor vinha de uma família tradicional na política.
Quando era governador alagoano, Collor ganhou as páginas dos jornais do país porque se recusou a pagar os salários dos “marajás”. Eles eram funcionários públicos que recebiam salários altíssimos. Quando se tornou candidato à Presidência da República, apareceu como o “caçador de marajás”, como o homem que iria acabar com os privilégios e a corrupção.
A maior parte dos brasileiros viu em Collor o “salvador da pátria”. Surpreendentemente, disparou na preferência do eleitorado e ficou em primeiro lugar no primeiro turno. A eleições seriam decididas entre Collor e Lula ( segundo colocado do 1º turno ).
Inicialmente as pesquisas indicavam uma vitória tranqüila de Collor. Mas o primeiro debate foi vencido por Lula, o “candidato popular”. As pesquisas apontaram o crescimento da preferência por Lula.
Grandes empresários anunciaram que, se Lula fosse presidente, partiriam do Brasil e assim a economia do país ficaria arrasada.
O último debate foi realizado na madrugada de domingo para segunda-feira. A maioria das pessoas só assistiu aos “melhores momentos” transmitidos pela Rede Globo no Jornal Nacional, na noite seguinte. O compacto da Globo tinha sido impressão de que Collor tinha arrasado Lula no debate. Uma manipulação dos fatos.
No final, Collor venceu as eleições.
Durante a campanha, Collor assustava os eleitores dizendo que, se Lula fosse eleito, confiscaria o dinheiro da poupança. Assim que assumiu a Presidência, Collor tomou o dinheiro das cadernetas de poupança.
O objetivo era fazer com que o governo tivesse dinheiro para pagar suas contas. A outra idéia era fazer com que o dinheiro fosse valorizado, o que combatia a inflação. Sem o dinheiro da poupança, comprariam menos, a demanda cairia e com isso os preços também cairiam. A inflação caiu, mas continuava alta. Muitos faliram. Com a diminuição das vendas, lojas quebraram, fábricas faliram ou demitiram em massa.
Collor cumpriu uma de suas promessas de campanha: introduzir o neoliberalismo no Brasil. No governo dele as empresas estatais começaram a ser privatizadas. Collor também reduziu as tarifas alfandegárias e estimulou as importações, diminuiu o pagamento das aposentadorias. O corte nos gastos do Estado com assistência social. O governo brasileiro continuava tendo uma importante função econômica. Essa era exatamente uma grande brecha para a corrupção que envolveu Paulo César (PC) Farias, ex-tesoureiro de Fernando Collor de Mello.
De acordo com denuncias da imprensa e de políticos de oposição da época, durante o governo de Collor as coisas teriam sido simplificadas. Só teria apoio do governo quem pagasse por fora para o PC Farias.
Collor foi à televisão falar mal de seus opositores. Então, milhares de pessoas foras às ruas e praças exigir o impeachment (impedimento, perda de cargo) de Collor.
Para não sofrer o impeachment Collor renunciou ao cargo de presidente da República. Em seguida, o Senado cassou seus direitos políticos por oito anos (conforme o previsto pela Constituição).
O vice-presidente era Itamar Franco. Ele tinha fama de político honesto e independente. Itamar teve pouco tempo para governar. Continuou a política de privatizações de Collor.
Seu ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, deu inicio ao célebre Plano Real. Foi criada uma nova moeda (o real), com valor bem próximo ao do dólar.
O Plano Real foi muito bem-sucedido. A inflação praticamente desapareceu. A estabilidade econômica permitiu que os mais pobres pudessem comprar bens em prestações. Ou seja, houve uma melhora na distribuição de renda. A produção econômica se ampliou. A estabilidade alcançada, as privatizações e os incentivos do governo (cancelando a cobrança de impostos, construindo obras de infra-estrutura) atraíram bilhões de dólares de investimentos estrangeiros.
Com tamanho sucesso do plano, FHC não teve dificuldade de se eleger presidente da República ainda no primeiro turno, em 1994.
No governo, continuou a privatizar as empresas estatais. Até a Companhia Vale do Rio Doce (a maior mineradora do mundo) foi vendida para particulares. O governo alegou que a privatização era necessária para se dedicar aos seus reais objetivos: saúde e educação. Ele concorreu novamente a presidência e mais uma vez derrotou Lula no primeiro turno.
A Crise econômica na Ásia gerou mudanças no curso do Plano Real. A moeda foi desvalorizada, caíram as importações, porém, melhoraram as exportações. A dívida externa quase triplicou. No ano de 2000 comemoram-se os 500 anos do descobrimento do Brasil.
A população aumentou e as indústrias cresceram. Em 2001, o país foi obrigado a racionar energia.
As melhores universidades brasileiras são públicas, nos últimos anos os governos reduziram demais as verbas para as universidades públicas. Analistas defendem a privatização das universidades públicas. O ensino universitário ficaria nas mãos de empresários particulares e os alunos pobres poderiam estudar com bolsas de estudos fornecidas pelo governo.
Em 2002 as situações difíceis da economia mundial atingiram o Brasil. Nas eleições destacaram-se quatro candidatos principais: Luís Inácio Lula da Silva (do PT), José Serra (do PSDB), Ciro Gomes ( do PPS) e Anthony Garotinho (do PSB).
A imprensa não parava de noticiar os escândalos de corrupção que envolve altas figuras da República. A má conduta não ocorreu apenas no poder Judiciário.
No dia 11 de setembro de 2001, terroristas assumiram o controle de aviões de passageiros que aterrissavam no aeroporto de Nova York. Desviaram a rota dos aviões Boeing e acertaram os dois maiores prédios da cidade, símbolo do poderio capitalista norte-americano: as torres gêmeas do Word Trade Center. O mundo assistiu estarrecido às imagens. Quase cinco mil pessoas morreram.
Bush Jr. Tornou-se presidente em 2000. Nos EUA o voto não era eletrônico e houve fortes suspeitas de fraude eleitoral. Ele era conservador, a virgindade de rapazes e moças até o dia do casamento, propôs que as escolas fossem divididas por sexo.
De acordo com os cientistas a temperatura do planeta está aumentando. Os países mais destacados do mundo concordaram em reduzir os níveis de poluição. A única exceção são os EUA, culpados por 25% da poluição total do planeta. Bush Jr. Argumentou que não podia prejudicar os lucros das empresas capitalistas norte-americanas.
Bush Jr. Reforçou a desconfiança do mundo quando anunciou a retomada do Projeto Guerra nas Estrelas. Trata-se da construção de um gigantesco escudo protetor espacial para impedir que os mísseis inimigos atinjam o território americano.
Os mulçumanos são os seguidores de uma religião chamada islamismo. Eles acreditam em um único Deus (que em árabe é chamado de Allah) e seguem as recomendações do profeta Mohammed (Maomé) no Alcorão (Livro Sagrado). O islamismo surgiu entre os povos árabes.
Existem governos de países árabes muçulmanos que cultivam boas relações com os EUA. É o caso do Kuwait e da Arábia Saudita.
Os EUA já bombardearam a Líbia e o Iraque. Mas os Fundamentalistas islâmicos sabem que não tem chance de destruir os EUA ou Israel. Optaram por praticar atentados terroristas. Bin Laden, que foi acusado de ter organizado o atentado em Nova York não é um chefe guerrilheiro nem um líder político de esquerda. Ele é um milionário que defende um regime de governo autoritário no qual a reforma agrária é proibida e as mulheres devem total obediência aos homens.
O governo norte-americano decidiu atacar o Afeganistão. Bin Laden morava no Afeganistão e foi protegido pelos talebãs. Em outubro de 2001, forças dos EUA e da Inglaterra iniciaram o bombardeio ao Afeganistão. Chamaram isso de “Guerra contra o Terror”. O ataque terrorista assassinou milhares de inocente em Nova York. O ataque dos EUA e da Inglaterra assassinou milhares de inocentes no Afeganistão.
Na cidade de Porto Alegre (RS), o século XXI se abriu com duas grandes conferencias (2001 e 2002) do Fórum Social Mundial.
O que deve ficar em destaque não é a economia, mas o social.
segunda-feira, 29 de junho de 2009
Capítulo 8 - As Ditaduras Fascistas
As Ditaduras Fascistas
Logo depois da primeira Guerra Mundial a Europa viveu uma violenta crise econômica, se recuperou, mas por pouco tempo. Em 1929 começou a crise que mergulhou o mundo na grande depressão dos anos 30.
Os comunistas culpavam a burguesia pela crise alegando que Karl Marx já havia mostrado a irracionalidade do sistema capitalista e lembravam que o único país que havia escapado da crise era a União Soviética. A cada eleição que passava, os partidos comunistas europeus elegiam mais e mais deputados para os parlamentos.
Os grandes empresários ficaram amedrontados e preocupados, pois uma revolução socialista poderia acontecer a qualquer momento. Para eles a única saída para evitá-la era acabar com o regime político democrático.
A classe média e a pequena burguesia também estavam assustadas com a crise.
Muitos operários e camponeses também acreditavam que somente um governo com plenos poderes poderia restaurar a “ordem” a “segurança” e a “tranquilidade” do país, abalado pela crise econômica, pelas guerras e pela incerteza quanto ao futuro.
Naquele momento, ganharam forças em toda a Europa os partidos políticos de extrema direita que pregavam a instalação de um regime autoritário. Esses partidos formaram um regime político chamado fascismo.
Os fascistas defendiam as seguintes idéias:
“A democracia é um regime fraco, incapaz de resolver a crise econômica. Os políticos são uma corja de demagogos (enganadores do povo) e corruptos. O que o país precisa é de um grande líder patriótico, com autoridade incontestável, que acabe com a baderna promovida pelos grevistas, agitadores de esquerda, criminosos e vagabundos”.
Os fascistas gostavam de se apresentar como grandes “revolucionários”, mas o regime fascista nasceu para defender o capitalismo.
Algumas idéias fascistas:
• Anticomunismo – comunistas e fascistas se odeiam.
• Antiliberalismo – os fascistas defendem um regime ditatorial.
• Totalitarismo – o indivíduo deve obedecer o estado.
• Militarismo e culto à violência – a guerra é glorificada como atitude mais nobre do homem.
• Nacionalismo xenófobo – o fascismo é nacionalista.
• Racismo – os fascistas são altamente preconceituosos e conservadores.
• Culto ao chefe supremo da nação – como se ele fosse infalível, quase um deus.
• Irracionalismo – os fascistas acreditavam que o racionalismo era limitado.
Após a 1ª Guerra Mundial, a Itália viveu uma crise violenta. Os operários chegaram a fazer greves com ocupações e controle das fábricas.
Nesses anos de agudas lutas de classes surgiu o partido fascista liderado por Mussolini.
No começo reuniam-se bandos de ex-soldados, neuróticos de guerra, desempregados, vagabundos e policiais. Recebiam de empresários dinheiro para perseguir sindicalistas e socialistas.
Na Alemanha, o movimento fascista foi chamado de nazista, que é uma abreviatura de nacional socialista.
Adolf Hitler foi o chefe máximo dos nazistas alemães.
Logo depois da primeira Guerra Mundial a Europa viveu uma violenta crise econômica, se recuperou, mas por pouco tempo. Em 1929 começou a crise que mergulhou o mundo na grande depressão dos anos 30.
Os comunistas culpavam a burguesia pela crise alegando que Karl Marx já havia mostrado a irracionalidade do sistema capitalista e lembravam que o único país que havia escapado da crise era a União Soviética. A cada eleição que passava, os partidos comunistas europeus elegiam mais e mais deputados para os parlamentos.
Os grandes empresários ficaram amedrontados e preocupados, pois uma revolução socialista poderia acontecer a qualquer momento. Para eles a única saída para evitá-la era acabar com o regime político democrático.
A classe média e a pequena burguesia também estavam assustadas com a crise.
Muitos operários e camponeses também acreditavam que somente um governo com plenos poderes poderia restaurar a “ordem” a “segurança” e a “tranquilidade” do país, abalado pela crise econômica, pelas guerras e pela incerteza quanto ao futuro.
Naquele momento, ganharam forças em toda a Europa os partidos políticos de extrema direita que pregavam a instalação de um regime autoritário. Esses partidos formaram um regime político chamado fascismo.
Os fascistas defendiam as seguintes idéias:
“A democracia é um regime fraco, incapaz de resolver a crise econômica. Os políticos são uma corja de demagogos (enganadores do povo) e corruptos. O que o país precisa é de um grande líder patriótico, com autoridade incontestável, que acabe com a baderna promovida pelos grevistas, agitadores de esquerda, criminosos e vagabundos”.
Os fascistas gostavam de se apresentar como grandes “revolucionários”, mas o regime fascista nasceu para defender o capitalismo.
Algumas idéias fascistas:
• Anticomunismo – comunistas e fascistas se odeiam.
• Antiliberalismo – os fascistas defendem um regime ditatorial.
• Totalitarismo – o indivíduo deve obedecer o estado.
• Militarismo e culto à violência – a guerra é glorificada como atitude mais nobre do homem.
• Nacionalismo xenófobo – o fascismo é nacionalista.
• Racismo – os fascistas são altamente preconceituosos e conservadores.
• Culto ao chefe supremo da nação – como se ele fosse infalível, quase um deus.
• Irracionalismo – os fascistas acreditavam que o racionalismo era limitado.
Após a 1ª Guerra Mundial, a Itália viveu uma crise violenta. Os operários chegaram a fazer greves com ocupações e controle das fábricas.
Nesses anos de agudas lutas de classes surgiu o partido fascista liderado por Mussolini.
No começo reuniam-se bandos de ex-soldados, neuróticos de guerra, desempregados, vagabundos e policiais. Recebiam de empresários dinheiro para perseguir sindicalistas e socialistas.
Na Alemanha, o movimento fascista foi chamado de nazista, que é uma abreviatura de nacional socialista.
Adolf Hitler foi o chefe máximo dos nazistas alemães.
Capítulo 9 - A Era do Populismo
Os efeitos da crise de 29
A crise ocorreu nos EUA em 1929 e atingiu o Brasil em cheio.
No momento da crise, o pacto entre mineiros e paulista acabou.
O presidente da republica, Washington Luís era um homem do partido republicano paulista, o PRP. Indicou o nome de Júlio Prestes pra presidente.
A aliança liberal (PRM e a oligarquia gaúcha) indicou Getúlio Vargas como resposta.
Durante competições entre os partidos, quem ganho foi quem manipulou mais: Júlio Prestes. A população não gostou muito do resultado.
Uma tragédia aconteceu! João Pessoa candidato a vice na chapa de Getúlio foi assassinado.
Os líderes da Aliança aproveitaram o acontecimento para atacar. O exército rebelde de Vargas saiu do RS em direção ao RJ, a revolução de 30. A revolução triunfou Getúlio Vargas levou a melhor, tornou-se logo presidente do país.
O governo provisório
(1930-1934)
Assim que Getulio chegou à presidência, a constituição da Republica Velha foi rasgada. Agora o que valia eram as ordens dele.
Leis decretadas, inventores estaduais, congresso fechado... o novo governo não era nada democrático.
Muitos ficaram contra Getúlio, as tensões políticas aumentou. Uma passeata de protesto contra o inventor varguista terminou com estudantes paulistas mortos pela polícia. O governo de SP declarou guerra a Getúlio. Deste modo aconteceu a Revolução Constitucionalista de SP, em 1932.
A guerra aconteceu de verdade. Mas SP ficou isolado e os paulistas se renderam às tropas do governo federal.
O período liberal
(1934-1937)
Vitorioso, o governo de Getúlio soube fazer concessões para os cafeicultores paulistas. Admitiu a eleição de uma assembléia constituinte. Assim em 1934 o Brasil ganhou uma nova carta.
A constituição de 1934 era razoavelmente democrática... Eleições diretas e secretas para presidente, o voto feminino, foram criados tribunais eleitorais e algumas leis trabalhistas. A mentalidade do país estava mudando em relação aos direitos dos operários.
Essa constituição não foi feita por Vargas, mais sim pela assembléia constituinte.
Fascistas e comunistas
No Brasil na década de 30 havia um partido fascista: a Ação Integralista brasileira. Seu chefe, Plínio Salgado.
Eram chamados de galinhas verdes por causa dos seus rituais, seguiam o lema “Deus, pátria e família”. Sonhavam com uma ditadura que eliminassem os comunistas.
No inicio Vargas mostrou um interesse pelos integrantes. Vários de seus assessores eram simpatizantes com o partido.
Em respostas ás nuvens verdes formaram uma frente popular. Eram a Aliança Nacional Libertadores (ANL) que unia os comunistas, social-democratas e tenentes com idéias de esquerda.
A ANL não defendia o socialismo, mais propunha mudanças radicais para a época, uma das foi à reforma agrária. A ANL era contra o impelarismo, o latifundiário, o fascismo integralista e Getúlio Vargas. Acreditava que só podia derrubar a ditadura fascista a força.
Foi tudo mal planejado, Getúlio derrotou com facilidade. Depois disso o Partido comunista deixou de existir. Quase todos os seus dirigentes deixaram de existir a maioria foi preso inclusive Luís Carlos Prestes.
O golpe de 37
e o Estado Novo
Getúlio Vargas ainda parecia respeitar a Constituição. De repente em 1937 o governo anunciou a descoberta de um complô comunista para tomar o poder: o Plano Cohen. Um plano forjado com o pleno conhecimento de Getúlio.
Apoiado pelas forças armadas, Getúlio cancelou as eleições e fechou o congresso. Pelo radio brasileiros ouviam coisas diferente: havia uma nova constituição. Era imposta mais uma ditadura.
A ditadura do estado novo
(1937-1945)
A constituição de 1937 passava a valer. Foi copiado da Polônia, daí o apelido Polaca. Era bastante autoritária.
O estado era governado por interventores nomeados diretamente por Getúlio. Ele derrotou todos q estavam contra seu governo principalmente os integralistas. Generoso com o seu ex-aliado Vargas permitiu que Plínio Salgado voasse para o estrangeiro os outros foram presos.
O getulismo na economia
A partir de Getúlio Vargas, o Estado brasileiro passou a investir com força na economia. O Estado tornou-se um dos grandes motores que empurraram sua economia para frente.
Ate o final dos anos 50, no Brasil o principal setor era a agroexportação principalmente de café. Desde o começo Vargas apoiava os latifundiários. Mas a novidade era que o Estado passou a ter como um dos objetivos básicos ao apoio a industrialização.
O Brasil precisava de mais indústrias mais a burguesia ainda era fraca então o Estado que fez esse papel. As empresas estatais seguiram no ramo de infra- estrutura e de indústria de base.
Fim de Vargas?
A partir do presidente Fernando Collor, seguido por Itamar e Fernando Henrique, o Estado começou a cair da economia.
A visão econômica de Getúlio Vargas era nacionalista. O investimento era de total prioridade para o sudeste.
O populismo varguista
A maneira de Getúlio Vargas governar foi típica da America latina nas décadas de 30 a 50. Chamava-se populismo também chamado de trabalhismo.
Getúlio melhorou muito a economia no estado, propôs pactos entre os trabalhadores e melhorou as suas condições. As leis de Getúlio ficaram celebres. Mas essas leis só valiam para trabalhadores urbanos. Então para a maioria da população que estava no campo essas leis não valiam nada. Getúlio jamais falou em fazer reforma agrária. Vargas tinha o controle nas mãos porque havia tirado o direito dos trabalhadores de lutarem pelos seus direitos.
Trabalhadores sabiam que estavam sendo enganados mais preferiam não ver a realidade, acreditando que Getúlio era o “bonzinho”.
O dia 1º de maio passou a ser feriado. Trabalhadores saíram em passeata agradecendo o pai dos pobres.
A guerra e as mudanças
A segunda guerra mundial mudou a face do mundo. Os países fascistas enfrentaram os aliados. O Brasil participou da guerra contra os países Eixos (fascistas).
Terminou o conflito, a opinião brasileira rejeitava a ditadura do Estado Novo. Vargas acabou sendo afastado do governo em 1945.
A crise ocorreu nos EUA em 1929 e atingiu o Brasil em cheio.
No momento da crise, o pacto entre mineiros e paulista acabou.
O presidente da republica, Washington Luís era um homem do partido republicano paulista, o PRP. Indicou o nome de Júlio Prestes pra presidente.
A aliança liberal (PRM e a oligarquia gaúcha) indicou Getúlio Vargas como resposta.
Durante competições entre os partidos, quem ganho foi quem manipulou mais: Júlio Prestes. A população não gostou muito do resultado.
Uma tragédia aconteceu! João Pessoa candidato a vice na chapa de Getúlio foi assassinado.
Os líderes da Aliança aproveitaram o acontecimento para atacar. O exército rebelde de Vargas saiu do RS em direção ao RJ, a revolução de 30. A revolução triunfou Getúlio Vargas levou a melhor, tornou-se logo presidente do país.
O governo provisório
(1930-1934)
Assim que Getulio chegou à presidência, a constituição da Republica Velha foi rasgada. Agora o que valia eram as ordens dele.
Leis decretadas, inventores estaduais, congresso fechado... o novo governo não era nada democrático.
Muitos ficaram contra Getúlio, as tensões políticas aumentou. Uma passeata de protesto contra o inventor varguista terminou com estudantes paulistas mortos pela polícia. O governo de SP declarou guerra a Getúlio. Deste modo aconteceu a Revolução Constitucionalista de SP, em 1932.
A guerra aconteceu de verdade. Mas SP ficou isolado e os paulistas se renderam às tropas do governo federal.
O período liberal
(1934-1937)
Vitorioso, o governo de Getúlio soube fazer concessões para os cafeicultores paulistas. Admitiu a eleição de uma assembléia constituinte. Assim em 1934 o Brasil ganhou uma nova carta.
A constituição de 1934 era razoavelmente democrática... Eleições diretas e secretas para presidente, o voto feminino, foram criados tribunais eleitorais e algumas leis trabalhistas. A mentalidade do país estava mudando em relação aos direitos dos operários.
Essa constituição não foi feita por Vargas, mais sim pela assembléia constituinte.
Fascistas e comunistas
No Brasil na década de 30 havia um partido fascista: a Ação Integralista brasileira. Seu chefe, Plínio Salgado.
Eram chamados de galinhas verdes por causa dos seus rituais, seguiam o lema “Deus, pátria e família”. Sonhavam com uma ditadura que eliminassem os comunistas.
No inicio Vargas mostrou um interesse pelos integrantes. Vários de seus assessores eram simpatizantes com o partido.
Em respostas ás nuvens verdes formaram uma frente popular. Eram a Aliança Nacional Libertadores (ANL) que unia os comunistas, social-democratas e tenentes com idéias de esquerda.
A ANL não defendia o socialismo, mais propunha mudanças radicais para a época, uma das foi à reforma agrária. A ANL era contra o impelarismo, o latifundiário, o fascismo integralista e Getúlio Vargas. Acreditava que só podia derrubar a ditadura fascista a força.
Foi tudo mal planejado, Getúlio derrotou com facilidade. Depois disso o Partido comunista deixou de existir. Quase todos os seus dirigentes deixaram de existir a maioria foi preso inclusive Luís Carlos Prestes.
O golpe de 37
e o Estado Novo
Getúlio Vargas ainda parecia respeitar a Constituição. De repente em 1937 o governo anunciou a descoberta de um complô comunista para tomar o poder: o Plano Cohen. Um plano forjado com o pleno conhecimento de Getúlio.
Apoiado pelas forças armadas, Getúlio cancelou as eleições e fechou o congresso. Pelo radio brasileiros ouviam coisas diferente: havia uma nova constituição. Era imposta mais uma ditadura.
A ditadura do estado novo
(1937-1945)
A constituição de 1937 passava a valer. Foi copiado da Polônia, daí o apelido Polaca. Era bastante autoritária.
O estado era governado por interventores nomeados diretamente por Getúlio. Ele derrotou todos q estavam contra seu governo principalmente os integralistas. Generoso com o seu ex-aliado Vargas permitiu que Plínio Salgado voasse para o estrangeiro os outros foram presos.
O getulismo na economia
A partir de Getúlio Vargas, o Estado brasileiro passou a investir com força na economia. O Estado tornou-se um dos grandes motores que empurraram sua economia para frente.
Ate o final dos anos 50, no Brasil o principal setor era a agroexportação principalmente de café. Desde o começo Vargas apoiava os latifundiários. Mas a novidade era que o Estado passou a ter como um dos objetivos básicos ao apoio a industrialização.
O Brasil precisava de mais indústrias mais a burguesia ainda era fraca então o Estado que fez esse papel. As empresas estatais seguiram no ramo de infra- estrutura e de indústria de base.
Fim de Vargas?
A partir do presidente Fernando Collor, seguido por Itamar e Fernando Henrique, o Estado começou a cair da economia.
A visão econômica de Getúlio Vargas era nacionalista. O investimento era de total prioridade para o sudeste.
O populismo varguista
A maneira de Getúlio Vargas governar foi típica da America latina nas décadas de 30 a 50. Chamava-se populismo também chamado de trabalhismo.
Getúlio melhorou muito a economia no estado, propôs pactos entre os trabalhadores e melhorou as suas condições. As leis de Getúlio ficaram celebres. Mas essas leis só valiam para trabalhadores urbanos. Então para a maioria da população que estava no campo essas leis não valiam nada. Getúlio jamais falou em fazer reforma agrária. Vargas tinha o controle nas mãos porque havia tirado o direito dos trabalhadores de lutarem pelos seus direitos.
Trabalhadores sabiam que estavam sendo enganados mais preferiam não ver a realidade, acreditando que Getúlio era o “bonzinho”.
O dia 1º de maio passou a ser feriado. Trabalhadores saíram em passeata agradecendo o pai dos pobres.
A guerra e as mudanças
A segunda guerra mundial mudou a face do mundo. Os países fascistas enfrentaram os aliados. O Brasil participou da guerra contra os países Eixos (fascistas).
Terminou o conflito, a opinião brasileira rejeitava a ditadura do Estado Novo. Vargas acabou sendo afastado do governo em 1945.
Capítulo 10 - A Segunda Guerra Mundial
A segunda guerra mundial
A segunda guerra mundial foi uma disputa entre países imperialistas, como na primeira, porém também foi um conflito entre países fascistas e antifascistas. Também houve a participação de uma potência socialista: A URSS (união soviética).
A Alemanha perdeu o direito de produzir armamentos pesados no fim da primeira guerra. Porém, Inglaterra e França permitiram, mesmo sendo contra o fascismo, por que acreditavam que logo Hitler atacaria a URSS e assim Alemanha e União Soviética se destruiriam mutuamente.
Nos Anos 30 houve uma expansão fascista. O Japão ocupou a Manchúria e a Itália a Abissínia. Hitler submeteu a Áustria ao território alemão. Além disso, também tomou uma região da Tchecoslováquia.
Stálin, líder soviético, temia as intenções de Hitler. Para não correr riscos assinou o pacto de não agressão germânico-soviético. Havia um pacto secreto que decretava que Stálin e Hitler tomariam a Polônia e dividiriam entre si. Outro permitia a U.R.S.S a invadir as repúblicas bálticas.
A segunda guerra só começou quando Hitler queria anexar um pedaço da Polônia ao território alemão, mas os franceses e ingleses ameaçaram responder com fogo caso Hitler o fizesse. Em 1939 Hitler invadiu a Polônia. Ali começava a guerra.
No início Alemanha, Itália e Japão levaram vantagem: A Alemanha conquistou diversos territórios. A Inglaterra foi bombardeada. Hungria, Bulgária e Romênia aderiram ao eixo.
Em Junho de 1941 a Alemanha invadiu a URSS. No começo Alemanha venciam facilmente. Em dezembro do mesmo ano, a aviação japonesa afundou a frota marinha dos EUA no oceano pacífico.
Hitler ordenou a invasão da União soviética, acreditando que a Rússia ainda era agrária e atrasada. Enganou-se. A economia Rússia havia crescido e agora tinha indústrias capazes de produzir armas pesadas. Na batalha de Stalingrado, o exército russo derrotou o alemão e foram empurrando os alemães de volta.
Em 1943 a Itália foi invadida e pelos Estados Unidos e aliados. Em 1945 Hitler se suicidou e Berlim estava em ruínas.
O Japão sofria derrotas. Estavam prestes a se entregar. Porém, os Estados Unidos lançaram duas bombas atômicas no país: Hiroshima e Nagasaki. O governo de Tóquio se rendeu.
Vargas era o presidente do Brasil na época e simpatizava ao fascismo. Porém, os Estados Unidos impediram que o Brasil se tornasse aliado. Os soldados brasileiros, conhecidos como pracinhas, eram poucos e submetidos ao poder estadunidense.
Os brasileiros que haviam lutado contra o fascismo na Europa perceberam que a situação no Brasil era semelhante. Desse modo pressionaram Getúlio, que acabou concordando em ceder democracia. Mas estava planejando continuar no poder à partir da nova constituição. Foi mal-sucedido. Getúlio fora afastado do poder.
A segunda guerra mundial foi uma disputa entre países imperialistas, como na primeira, porém também foi um conflito entre países fascistas e antifascistas. Também houve a participação de uma potência socialista: A URSS (união soviética).
A Alemanha perdeu o direito de produzir armamentos pesados no fim da primeira guerra. Porém, Inglaterra e França permitiram, mesmo sendo contra o fascismo, por que acreditavam que logo Hitler atacaria a URSS e assim Alemanha e União Soviética se destruiriam mutuamente.
Nos Anos 30 houve uma expansão fascista. O Japão ocupou a Manchúria e a Itália a Abissínia. Hitler submeteu a Áustria ao território alemão. Além disso, também tomou uma região da Tchecoslováquia.
Stálin, líder soviético, temia as intenções de Hitler. Para não correr riscos assinou o pacto de não agressão germânico-soviético. Havia um pacto secreto que decretava que Stálin e Hitler tomariam a Polônia e dividiriam entre si. Outro permitia a U.R.S.S a invadir as repúblicas bálticas.
A segunda guerra só começou quando Hitler queria anexar um pedaço da Polônia ao território alemão, mas os franceses e ingleses ameaçaram responder com fogo caso Hitler o fizesse. Em 1939 Hitler invadiu a Polônia. Ali começava a guerra.
No início Alemanha, Itália e Japão levaram vantagem: A Alemanha conquistou diversos territórios. A Inglaterra foi bombardeada. Hungria, Bulgária e Romênia aderiram ao eixo.
Em Junho de 1941 a Alemanha invadiu a URSS. No começo Alemanha venciam facilmente. Em dezembro do mesmo ano, a aviação japonesa afundou a frota marinha dos EUA no oceano pacífico.
Hitler ordenou a invasão da União soviética, acreditando que a Rússia ainda era agrária e atrasada. Enganou-se. A economia Rússia havia crescido e agora tinha indústrias capazes de produzir armas pesadas. Na batalha de Stalingrado, o exército russo derrotou o alemão e foram empurrando os alemães de volta.
Em 1943 a Itália foi invadida e pelos Estados Unidos e aliados. Em 1945 Hitler se suicidou e Berlim estava em ruínas.
O Japão sofria derrotas. Estavam prestes a se entregar. Porém, os Estados Unidos lançaram duas bombas atômicas no país: Hiroshima e Nagasaki. O governo de Tóquio se rendeu.
Vargas era o presidente do Brasil na época e simpatizava ao fascismo. Porém, os Estados Unidos impediram que o Brasil se tornasse aliado. Os soldados brasileiros, conhecidos como pracinhas, eram poucos e submetidos ao poder estadunidense.
Os brasileiros que haviam lutado contra o fascismo na Europa perceberam que a situação no Brasil era semelhante. Desse modo pressionaram Getúlio, que acabou concordando em ceder democracia. Mas estava planejando continuar no poder à partir da nova constituição. Foi mal-sucedido. Getúlio fora afastado do poder.
Capítulo 11 - A Guerra Fria
A GUERRA FRIA
Após a 2ª Guerra Mundial, havia duas superpotências militares: Os EUA e a URSS.
Os EUA lideravam o bloco dos Capitalistas e a URSS, a do bloco dos Socialistas.
A tensão permanente entre esses dois países rivais, caracterizou a época da Guerra Fria.
Período assustador, em que o mundo viveu a eminência de uma nova guerra mundial.
A diferença entre o Capitalismo e o Socialismo, foi que provocou a grande rivalidade entre os dois países e seus respectivos aliados.
Os comunistas soviéticos, seguiam idéias marxista-leninistas. Acreditavam que o capitalismo era um sistema injusto e decadente.
Queriam destruir o capitalismo.
Os empresários e os governantes dos EUA, tinham o socialismo como uma sociedade antidemocrática e com uma economia que não funcionava.
Com isso criou-se um bloco dos países capitalistas e outro dos países socialistas. Cada bloco queria mostrar que era mais desenvolvido que o outro e que tinha maior poder econômico e bélico.
Com isso acontece a corrida armamentista. Os dois blocos produzem muitas armas, porém nunca se enfrentam.
Eles se desenvolvem na área espacial e estabelecem pontos estratégicos em países de seus aliados.
Assim, a Guerra Fria, foi responsável pela corrida armamentista e pelo desenvolvimento bélico espacial, chegando a atingir a até a área de Esportes Olímpicos de cada país.
Os EUA e a URSS, queriam mostrar através de suas medalhas de ouro, que eles venciam porque o seu país tinha uma sociedade mais desenvolvida.
O início dessa Guerra Fria deu-se porque Winston Churchill propôs um bloqueio econômico e militar à Europa Oriental, a fim de evitar o avanço dos Comunistas. Foi a chamada Cortina de Ferro.
Assim, os EUA criaram a OTAN (1949), junto com o Canadá. E a URSS reagiu criando o Pacto de Varsóvia (1955).
Os EUA criaram o Plano Marshall, um projeto de ajuda econômica aos países da Europa Ocidental que sofreram com a 2ª Guerra.
O Plano foi bem sucedido e a Europa Ocidental recuperou-se logo.
Após a 2ª Guerra Mundial, a Alemanha ficou dividida em Alemanha Ocidental (capitalista) e Alemanha Oriental (socialista).
Berlim, a capital, também foi dividida em duas partes, a capitalista e a socialista. Berlim Ocidental (capitalista), ficou ilhada entre os socialistas.
Berlim Ocidental era uma vitrine do capitalismo bem sucedido dentro a Alemanha Socialista. Muitas pessoas da Alemanha Oriental concluíram que o capitalismo era melhor que o socialismo e assim começou a imigração de mão-de-obra especializada da Alemanha Oriental para a Alemanha Ocidental. Para evitar a saída do povo, o governo comunista criou o MURO DE BERLIM (1961), onde ninguém podia sair da parte socialista e quando tentava, geralmente era fuzilado pelos soldados comunistas.
Havia um “Acordo de Cavalheiros” entre os EUA e a URSS, proposto na Conferência de Yalta, uma divisão do mundo em Áreas de Influências, em que os EUA não interfeririam no Leste Europeu e a URSS, não promoveria revoluções.
Esse “acordo” visava manter a estabilidade mundial e foi respeitado por diversas vezes. Entretanto, os EUA que tanto respeitavam a liberdade começaram a seguir as idéias do Senador McCarthy. No denominado período do Marcartismo, qualquer pessoa que tivesse opiniões políticas de esquerda poderia ser presa e até condenada à morte. Em nome da liberdade, os marcartistas queriam acabar com a liberdade. Foi uma época de “Caça às Bruxas”.
A sociedade norte-americana rejeitou essa intolerância política e os marcartistas perderam prestígio.
As duas potências possuíam armas nucleares capazes de destruir o planeta. Outra guerra seria em vão, só haveria perdedores. Assim diminuiu a tensãoda Guerra Fria.
O Presidente americano John Kennedy e o novo dirigente soviético Nikita Kruschev, conversam e surge o período da “coexistência pacífica”. Nos anos 70, Nixon e Brejnev, iniciaram o “detente”.
Assinam acordos e diminuem a corrida armamentista.
Em 1975, acontece o encontro simbólico no espaço, entre as naves americana e soviética. Os astronautas se cumprimentam, trocam sorrisos e presentes. Está traçada a paz.
Em 1989, já no fim da Guerra Fria, o Muro de Berlim é derrubado. E a Guerra Fria chega ao fim, com um único vencedor: Os EUA.
Após a 2ª Guerra Mundial, havia duas superpotências militares: Os EUA e a URSS.
Os EUA lideravam o bloco dos Capitalistas e a URSS, a do bloco dos Socialistas.
A tensão permanente entre esses dois países rivais, caracterizou a época da Guerra Fria.
Período assustador, em que o mundo viveu a eminência de uma nova guerra mundial.
A diferença entre o Capitalismo e o Socialismo, foi que provocou a grande rivalidade entre os dois países e seus respectivos aliados.
Os comunistas soviéticos, seguiam idéias marxista-leninistas. Acreditavam que o capitalismo era um sistema injusto e decadente.
Queriam destruir o capitalismo.
Os empresários e os governantes dos EUA, tinham o socialismo como uma sociedade antidemocrática e com uma economia que não funcionava.
Com isso criou-se um bloco dos países capitalistas e outro dos países socialistas. Cada bloco queria mostrar que era mais desenvolvido que o outro e que tinha maior poder econômico e bélico.
Com isso acontece a corrida armamentista. Os dois blocos produzem muitas armas, porém nunca se enfrentam.
Eles se desenvolvem na área espacial e estabelecem pontos estratégicos em países de seus aliados.
Assim, a Guerra Fria, foi responsável pela corrida armamentista e pelo desenvolvimento bélico espacial, chegando a atingir a até a área de Esportes Olímpicos de cada país.
Os EUA e a URSS, queriam mostrar através de suas medalhas de ouro, que eles venciam porque o seu país tinha uma sociedade mais desenvolvida.
O início dessa Guerra Fria deu-se porque Winston Churchill propôs um bloqueio econômico e militar à Europa Oriental, a fim de evitar o avanço dos Comunistas. Foi a chamada Cortina de Ferro.
Assim, os EUA criaram a OTAN (1949), junto com o Canadá. E a URSS reagiu criando o Pacto de Varsóvia (1955).
Os EUA criaram o Plano Marshall, um projeto de ajuda econômica aos países da Europa Ocidental que sofreram com a 2ª Guerra.
O Plano foi bem sucedido e a Europa Ocidental recuperou-se logo.
Após a 2ª Guerra Mundial, a Alemanha ficou dividida em Alemanha Ocidental (capitalista) e Alemanha Oriental (socialista).
Berlim, a capital, também foi dividida em duas partes, a capitalista e a socialista. Berlim Ocidental (capitalista), ficou ilhada entre os socialistas.
Berlim Ocidental era uma vitrine do capitalismo bem sucedido dentro a Alemanha Socialista. Muitas pessoas da Alemanha Oriental concluíram que o capitalismo era melhor que o socialismo e assim começou a imigração de mão-de-obra especializada da Alemanha Oriental para a Alemanha Ocidental. Para evitar a saída do povo, o governo comunista criou o MURO DE BERLIM (1961), onde ninguém podia sair da parte socialista e quando tentava, geralmente era fuzilado pelos soldados comunistas.
Havia um “Acordo de Cavalheiros” entre os EUA e a URSS, proposto na Conferência de Yalta, uma divisão do mundo em Áreas de Influências, em que os EUA não interfeririam no Leste Europeu e a URSS, não promoveria revoluções.
Esse “acordo” visava manter a estabilidade mundial e foi respeitado por diversas vezes. Entretanto, os EUA que tanto respeitavam a liberdade começaram a seguir as idéias do Senador McCarthy. No denominado período do Marcartismo, qualquer pessoa que tivesse opiniões políticas de esquerda poderia ser presa e até condenada à morte. Em nome da liberdade, os marcartistas queriam acabar com a liberdade. Foi uma época de “Caça às Bruxas”.
A sociedade norte-americana rejeitou essa intolerância política e os marcartistas perderam prestígio.
As duas potências possuíam armas nucleares capazes de destruir o planeta. Outra guerra seria em vão, só haveria perdedores. Assim diminuiu a tensãoda Guerra Fria.
O Presidente americano John Kennedy e o novo dirigente soviético Nikita Kruschev, conversam e surge o período da “coexistência pacífica”. Nos anos 70, Nixon e Brejnev, iniciaram o “detente”.
Assinam acordos e diminuem a corrida armamentista.
Em 1975, acontece o encontro simbólico no espaço, entre as naves americana e soviética. Os astronautas se cumprimentam, trocam sorrisos e presentes. Está traçada a paz.
Em 1989, já no fim da Guerra Fria, o Muro de Berlim é derrubado. E a Guerra Fria chega ao fim, com um único vencedor: Os EUA.
Assinar:
Postagens (Atom)