terça-feira, 7 de abril de 2009

A Crise de 29

A Crise de 29
EUA: primeira potência

Quando a Primeira Guerra Mundial terminou -1918, os EUA eram, disparados,o país mais rico do planeta.De cada 100 carros que o mundo produzia,85 eram americanos.As fábricas americanas sozinhas produziam mais q o quíntuplo de automóveis de todas as outras fábricas do mundo.
Os EUA eram os maiores produtores mundiais de aço, comida enlatada, máquinas, rádio, petróleo, carvão entre outros.
A cada dia novas fábricas, novas plantações, novos investimentos.Foi uma época de euforia para os empresários, porque os lucros não paravam de crescer.

Os loucos anos 20:

A década de 20, ficou conhecida com a dos loucos anos 20.Foram dez anos de festas para quem era maior de idade e pertencia a classe média ou à burguesia.
Nessa época a valsa foi tocada pela dança charleston.Clubes e boates ficavam cheios de pessoas excitadas com a música.
Como o capitalismo torna tudo em lucro, foi criado o cinema, como indústria de diversão.

A bolsa ou a vida:

Quase todas as grandes empresas capitalistas têm vários sócios.Cada sócio possui uma certa quantidade de ações.Se um sócio possui 30% das ações, ele é dono de 20% de tudo q á na empresa.
As ações podem ser negociadas na bolsa de valores, que é uma instituição típica do sistema capitalista.A primeira do Brasil foi a Bolsa de Valores do Rio de Janeiro fundada em 1876.
Com a procura (muita gente querendo comprar as ações da tal empresa) é maior do que a oferta (a quantidade de ações oferecida no mercado é limitada), o preço das ações sobe.
Nos EUA dos anos 20, as ações se valorizavam por causa da euforia econômica. Mas, quando apareceram as primeiras notícias de falência de empresas, todos os investidores se apavoraram e trataram de vender as ações, o que fez com que os preços fossem caindo sem parar. Até acontecer o crack (quebra) da bolsa.

A Lei Seca e os gângsteres:

De 1920 a 1933, o governo americano impôs a Lei Seca. Ficou proibida a fabricação ou a venda de bebidas alcoólicas nos EUA. Nunca se bebeu tanto no país, talvez pelo gostinho embriagante do proibido.
Nessa época surgiram os gangsteres, que eram quadrilhas de bandidos que se aproveitavam da Lei Seca para fabricar uísque clandestinamente, contrabandeavam bebidas, exploravam cassinos e prostitutas.

O crack da Bolsa: começa a crise mundial:

Na quinta-feira negra, 24 de outubro de 1929, começou a pior crise econômica da história do capitalismo. A bomba estourou na Bolsa de Valores de Nova York. De repente o valor das ações começou a despencar. Os investidores correram para vender as ações, mas ninguém quer comprar, só vender.Um abismo que simplesmente levou a falência muitas empresas.
O crack (quebra) da Bolsa de Nova York era apenas o começo. Naquela época, a economia mundial já estava bastante interligada. A crise americana fez com que os EUA importassem menos aos outros países. Resultado: os outros países tinham uma porção de mercadorias que antes exportavam para os EUA e, agora, estavam encalhadas. Entravam na roda da crise também.
A crise se espalhou por quase todos os cantos.Houve milionários que, de uma hora para outra descobriram que não tinham mais nada. Muitos ex-ricos se suicidaram por causa disso. Para eles, o dinheiro era a própria vida. Mas quem sofreu mais fôramos trabalhadores. Milhões de pessoas ficaram desempregadas, o número de mendigos cresceu. Nos EUA milhões de pessoas marchavam juntas pedindo um pouco de comida. Homens e mulheres disputavam restos de comida nos depósitos de lixo, e adolescentes eram obrigadas a se prostituir para poder compra um pouco de salsicha e pão preto e em Londres crianças esfarrapadas pediam esmola.
A crise realmente começou em 1929, mas em 1930 ela piorou e piorava cada vez mais. Em 1934 a economia dos EUA produzia menos da metade do q produzia em 1929. Essa crise atravessou a década inteira, período que ficou conhecido como a Grande Depressão.

A superprodução:

O capitalismo é um sistema econômico baseado no mercado. Quase tudo o que precisamos é considerado uma mercadoria, ou seja, é produzido para ser vendido e comprado.
Desde Adam Smith predominava o ideal do livre mercado. Isso significava que cada empresário fazia o que o seu nariz mandasse.
Cada empresário só pensando em seus lucros, sem ligar para as conseqüências. Aí vem a crise. A burguesia precisava lucrar sem parar, e o empresário q não lucra estava a um passo da falência. Para aumentar, ou garantir os lucros, os empresários investem sem parar, um tentando devorar o outro concorrente e assim a economia vai crescendo.
Nos EUA dos anos 20, a produção econômica esqueceu espetacularmente e parte dos trabalhadores ainda vivia muito mal. As famílias operárias se entulhavam em cortiços imundos ou favelas recebendo pouco salário.
Os operários lutavam por seus direitos. O governo, porém, muitas vezes estavam do lado dos patões. Os anarquistas e comunistas eram perseguidos furiosamente e poderiam até ser executados na cadeira elétrica, acusados de
“causarem baderna”. Eis, então, a causa básica da crise de 29: a superprodução de mercadorias.
As indústrias investiram milhões de dólares produzindo coisas que o povo não tinha dinheiro para comprar. Os produtos ficaram encalhados nas prateleiras das lojas ou nos depósitos das empresas. Os empresários começaram a despedir os empregados porque não valia a pena produzir o que não seria vendido. A coisa piorava. A crise de superprodução levava ao desemprego; com o desemprego, o consumo era menor ainda; com o consumo menor, mais crises, mais desemprego, e assim por diante. Um ciclo infernal que quase parou a economia dos EUA.
Quando as primeiras empresas começaram a falir, os investidores se assustaram e tentaram vender suas ações na bolsa. Todo mundo apavorado, ninguém queria comprar. E aí veio o crack.
A superprodução e o livre mercado causaram a crise. O problema era gravíssimo.

A intervenção do Estado:

A economia estava um caos. O governo americano, seguindo a cartilha do liberalismo econômico de Adam Smith, mantinha os braços cruzados. E a economia foi afundando, até que em 1923, o povo elegeu Franklin Delano Roosevelt para presidente dos Estados Unidos. Roosevelt propunha uma grande novidade: o abandono do velho liberalismo econômico. Em vez de Adam Smith, o novo presidente seguia as teorias do economista inglês John Maynard Keynes.
A receita keynesiana era relativamente simples: para salvar o capitalismo de crise, era preciso botar o Estado intervindo fortemente na economia. Foi o que Roosevelt fez. Seu plano econômico chamava-se New Deal (em português: Novo tratamento) e acabou sendo imitado por quase todos os países do mundo.
Depois da crise de 1929, os países capitalistas deixaram de lado o liberalismo econômico e reforçaram a participação do Estado sobre a economia. Era o fim do liberalismo econômico. Começava agora uma nova fase do capitalismo, o chamado capitalismo monopolista de Estado. O governo americano adotou no plano de recuperação, o New Deal. Em primeiro lugar, o governo tentou planejar um pouco a economia que era invés,deixar o mercado um caos o Estado passou a vigiá-lo de perto, disciplinando os empresários,corrigindo os investimentos e fiscalizando as loucuras nas bolsas de valores.
Outra medida fundamental foi a criação de um vasto programa de obras públicas. O governo americano criou empresas estatais e também contratou empresas privadas para fazerem estradas, praças, barragens, canais de irrigação, escolas públicas etc. E as empresas começaram a desencalhar, vendendo produtos.
O New Deal criou leis que protegiam os trabalhadores e os desempregados, mas no começo, esse ponto foi rejeitado por muitos empresários. Sem entender direito, eles chegaram ao absurdo de acusar Roosevelt de ser comunista, mas na verdade, Roosevelt era um homem que via longe, e percebeu que para salvar o capitalismo da crise era necessário assegurar um consumo mínimo por parte dos trabalhadores. Só que o sistema não poderia continuar funcionando se os operários pudessem colher também alguns dos benefícios do crescimento econômico.
Outras medidas do New Deal pareciam irracionais,exemplo:o governo comprava estoques de cereais e mandavam queimar,ou então pagava aos agricultores para que não produzissem.Tinham milhões de pessoas passando fome e o governo destruindo comida.Mas o New Deal apenas seguia a lógica do sistema capitalista, ou seja, era preciso acabar com a superprodução de qualquer jeito.
O New Deal só deu um pouco certo nos primeiros anos, mas depois a coisa foi melhorando, e no final, a economia dos EUA só voltou a se recuperar mesmo a partir da Segunda Guerra Mundial (1939-45) essa foi à guerra que fez os governos encomendarem quantidades gigantescas de aço,maquinas,peças,mobilizando toda a indústria,e além disso,a guerra resolveu o problema do desemprego:milhões de desempregados simplesmente morreram nos campos de batalha.

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